A CDU acusou esta tarde a Câmara Municipal do Funchal de não estar a dar seguimento às orientações das autoridades nacionais e regionais de saúde. Em causa está a alteração do horário de trabalho dos funcionários da autarquia e a retoma do regime presencial.
"De acordo com as últimas deliberações, a Câmara Municipal do Funchal alterou agora o horário de trabalho dos trabalhadores da Autarquia, alegando razões de diminuição generalizado de contágio e da redução de casos diários na Região Autónoma da Madeira, devendo os serviços retomar o regime de trabalho presencial regressando aos horários 'normais', 9h - 12h30/13h30 - 17h00", diz a CDU reconhecendo que no início a autarquia cumpriu.
Os comunistas defendem que "havendo restrições devido à pandemia e estando a Região com o recolher obrigatório, deveriam ser tidas em conta as deliberações emanadas das entidades de saúde, por forma a ser garantida a protecção e segurança de todos os trabalhadores da Câmara Municipal do Funchal e dos seus munícipes. Apesar das diminuições de contágio, estas não podem ser usadas como desculpa, para amontoar funcionários em salas sem as mínimas condições de distanciamento e segurança garantidas".
A CDU afirma que vai "através da sua representação na Assembleia Municipal do Funchal, questionar o executivo municipal com o objectivo de apurar se as deliberações agora tomadas cumprem com as medidas emanadas da Autoridade de Saúde e de que forma estarão garantidas todas as medidas de segurança, higiene e saúde no trabalho em contexto de Covid-19 aos trabalhadores da Câmara Municipal do Funchal".
"Deste modo, a CDU manifesta a sua solidariedade com as justas reivindicações dos trabalhadores da Autarquia quanto às necessárias medidas de salvaguarda das condições de higiene, saúde e segurança no trabalho. Ao mesmo tempo, A CDU contesta a forma impositiva como estão a ser exigidos processos laborais, sem que em alguns dos departamentos e serviços estejam reunidos os cuidados preventivos face ao Covid-19", conclui o partido em comunicado.
JM