Ricardo Lume apresentou a proposta da autoria do PCP que defende a fixação de preços máximos em bens essenciais, comentando as dificuldades que as famílias sentem com o aumento de preços, em sequência da inflação e da guerra na Ucrânia.
De semana para semana, os preços aumentam e os madeirenses não sabem quanto vão gastar, disse, advogando, por isso, a estipulação de preços máximos que beneficiem as famílias.
Olga Fernandes, do PS, disse que, na proposta comunista, não estão esclarecidos quais os produtos essenciais, mas entende que a fixação de preços máximos nos produtos iria levar ao desaparecimento de determinados bens para o mercado paralelo. Lembrou a Venezuela, que tomou essa medida e "não deu certo".
Do JPP, Élvio Sousa, começou por comentar que ao analisar a proposta vê "a infeliz imagem de prateleiras vazias na Venezuela", afirmando que é preciso olhar para a história.
A seu ver, as famílias seriam melhor servidas com a redução do IVA nos produtos, como o JPP já defendeu, lembrando ainda os efeitos pesados da chamada economia de guerra, nos preços dos produtos.
O CDS, pela voz de Lopes da Fonseca, criticou o facto de que "os privados praticam os preços que querem", com "abusos". Seria recomendável a criação de uma entidade que regulasse os preços nos produtos agroalimentares com carácter temporário, atendendo ao atual contexto internacional de guerra que se vive. O CDS restaria também aberto à redução do IVA, mas lembrou que "o PS está contra" essa medida.
Da parte do PSD, Rafael Carvalho lembrou as medidas que o Governo Regional tomou na sequência da guerra, para minorar os efeitos da inflação nas famílias madeirenses, como o programa Reequilibrar, para o apoio ao pagamento do crédito habitação, apoios ao nível dos combustíveis e reforço de medidas sociais.
Sobre a proposta do PCP, o deputado entende que a mesma terá efeitos negativos para as empresas e, por consequência, para os trabalhadores.
Paula Abreu