A presidente da concelhia do CDS em Santa Cruz, Lídia Albornoz, coloca-se ao lado dos trabalhadores e moradores do Caniço de Baixo que se opuseram à colocação de parquímetros pagos naquela zona.
Para a vogal da Assembleia de Freguesia do Caniço, "antes de se impor uma medida como esta, deveria ter sido feito um estudo para perceber quais as pessoas que, por norma, ocupam estes lugares de estacionamento diariamente, no sentido de arranjar estratégias para salvaguardar quem trabalha e quem reside no Caniço".
"Numa altura de grandes dificuldades, em que nos deparamos com um aumento significativo do custo de vida, o JPP em vez de defender a população como tantas vezes apregoa, desconsidera a posição assumida pelos munícipes e avança com medidas que afetam quase exclusivamente os residentes e trabalhadores do Caniço", crítica Lídia.
Segundo Lídia Albornoz, o Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Filipe Sousa, "numa das suas parábolas dominicais propagandistas de desinformação e mentira, vem chamar os trabalhadores dos hotéis de imorais, por considerar que os mesmos não têm o direito de reivindicar mais uma despesa, quando essa despesa será mais uma receita para o Senhor Presidente, para aumentar as verbas dos cofres municipais".
No seu entender, "a criação destes parquímetros implica mais despesas para as famílias que residem e trabalham no Caniço de Baixo", refere a presidente da Concelhia. E acrescenta que, "o CDS-PP em Santa Cruz considera que, de facto, existem lugares onde os próprios comerciantes solicitam a existência de parquímetros, como por exemplo nas Eiras - Caniço, pois existem pessoas que deixam lá os carros durante todo o dia, prejudicando todo o fluxo naquele local". No entanto, Lídia Albornoz afirma que o Presidente daquele concelho não pode criar mais esta despesa para as famílias que enfrentam grandes dificuldades neste momento com o objetivo de, posteriormente, aumentar programas sociais, alimentando a subsidiodependência e potenciando a existência de mais pobreza em Santa Cruz.
A centrista destaca também o facto de Filipe Sousa, com três maiorias absolutas naquele concelho, "ter feito de Gaula a capital de Santa Cruz e do Caniço a sua galinha dos ovos de ouro e isto é inadmissível. Os trabalhadores dos hotéis estão indignados, os residentes estão indignados e os únicos satisfeitos com esta situação são o Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz e o Presidente da Junta de Freguesia do Caniço, este último que sempre apoiou o executivo camarário com "taxas e taxinhas", vincou.
A Presidente da Concelhia do CDS em Santa Cruz está solidária com a população, critica esta posição do JPP de não querer ouvir as pessoas, desconsiderando as opiniões manifestadas formalmente por muitos munícipes, e sublinha que "fazer a festa todos sabemos fazer, já olhar pelo bolso dos fregueses que trabalham o ano inteiro, isso já não é para qualquer um".