Carlos Neto, um dos maiores especialistas na área de educação do país, professor catedrático e acérrimo defensor do tempo de brincar das criancas, não é contra o uso de telemóveis na escola. Entende que a digitalização e as novas tecnologias fazem parte da educação e do futuro, mas pede que as crianças e jovens passem menos tempo à frente de ecrãs.
Aos jornalistas, antes do seminário organizado pela Associação Nacional de Professores, sobre 'Pensar a escola', o especialista disse que não se deve proibir, lembrando que o fruto proibido é sempre mais apetecido.
Defende que os alunos tenham acesso aos telemóveis com regras, previamente estabelecidas pelas escolas.
Quer os alunos mais ativos, em contacto com a natureza, numa escola mais aberta, porque há cada vez mais sedentarismo nas faixas etárias mais novas, com efeitos negativos na saude física e mental.
Por outro lado, considera que este é o tempo de ser estabelecido um pacto de transição envolvendo os pais, escolas e entidades governativas, no sentido se mudar a escola atual, em prol de uma vida mais ativa dos alunos, sem deixar de lado a vertente digital.
Paula Abreu