Paulo Cafôfo começou o seu discurso na apresentação da lista de candidatos pelo PS Madeira às eleições nacionais, manifestando estar ao serviço da Região.

Salientou que as eleições nacionais acontecem num contexto difícil na Madeira. “Há uma grande preocupação na Madeira neste momento difícil. Está a decorrer uma megaoperação sobre suspeitas de corrupção em que o presidente do Governo Regional é arguido. Apesar da sua ‘resistência’, Miguel Albuquerque foi obrigado a se afastar. E não deve ser só o governante a se afastar, mas todo o governo”, defendeu Paulo Cafôfo.

”Este partido sempre denunciou não de forma anónima, mas de cara levantada o que se estava a passar na Madeira”, frisou.

”A Madeira está há 50 anos refém e esta é a altura de pôr fim a um regime que asfixia, que sufoca um povo e esta região. Temos uma democracia áspera e uma autonomia condicionada. Por isso, este é o momento de respirar na Região”, apontou.

Ainda sobre a megaoperação judicial na Madeira, Paulo Cafôfo disse que não pode haver dois pesos e duas medidas, mas sim coerência. “Ou seja, os madeirenses devem escolher o próximo governo. Não aceitemos que se coloque a região em banho-maria”, sustentou defendendo novas eleições. “O próximo governo tem de ser escolhido pelos madeirenses e não por alguns militantes do PSD”, reforçou.

Sobre o PAN, Cafôfo criticou a falta de coerência deste “novo” partido, quando fala em ética. “Eu pergunto: ética é voltar a validar este governo?”.

A seu ver, o PAN não quer eleições não por causa do aumento da extrema direita, mas porque sabe que sairá do parlamento madeirense, analisou ainda.

Ademais, lançou um desafio ao presidente da República para que não espere mais: “anuncie imediatamente que ira convocar eleições antecipadas para a região e dissolva a assembleia” quando a constituição o permitir.

Nesse cenário, o líder do PS Madeira assegura que este é o partido certo para a mudança que a Madeira precisa.

Acrescentar que alguns militantes erguem cartazes a pedir “Eleições já”.