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BE propõe suspensão da construção de um sistema de teleféricos no Curral das Freiras

JM-Madeira

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Data de publicação
25 Outubro 2023
11:36

Considerando o Curral das Freiras "um património natural e geológico, único no mundo", o Bloco de Esquerda propõe a suspensão da construção de um sistema de teleféricos na freguesia. Tendo em linha de conta os "previsíveis impactos negativos" decorrentes da construção, o deputado do BE na Assembleia Legislativa entrega hoje um projeto de resolução, recomendando ao Governo Regional a imediata suspensão da construção do referido empreendimento.

A este respeito, o partido sublinha a existência das espécies de aves protegidas que ali nidificam, recordando "que este património natural está integrado em zona de paisagem protegida do Parque Natural da Madeira e da Rede Natura 2000, não podendo existir intervenções que o coloquem em risco".

Neste contexto, o partido considera "estranho" que fosse o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), "organismo que tem por missão, entre outras coisas, defender o património natural da Região", a lançar um procedimento para a "conceção, construção e conservação de um sistema de teleféricos, de um parque de aventura e de um zip line e respetivas instalações", na freguesia do Curral das Freiras, o que poderá "causar fortes impactos visuais negativos naquela paisagem e provocar danos ambientais de grande monta".

O Bloco refere, ainda, que, aquando da consulta pública prévia efetuada, e que teve a participação de quase meio milhar de pessoas e ONG’s, apenas uma entidade manifestou a sua concordância com o projeto, "tendo a opinião dos restantes participantes sido ignorada pelo governo regional".

"Noutro âmbito, a utilização privativa do domínio público para benefício dos privados, com impactos nefastos no ambiente e nos interesses das populações, continua a ser uma tónica deste governo, que não olha a custos para beneficiar determinadas entidades empresariais. Neste caso, a concessão por meio século, com a possibilidade de prorrogar a exploração por mais dez anos, por uns míseros dois mil euros mensais é quase uma borla à entidade cocontratante com um encaixe financeiro, para os cofres da Região, irrisório", conclui.

Mónica Rodrigues

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