O Bloco de Esquerda veio, em comunicado, manifestar a sua “perplexidade” face as declarações de Albuquerque, nomeadamente ao afirmar que as eleições antecipadas “seriam péssimas” para a economia e para os madeirenses, visto “haver um orçamento para o verão”

Ainda a este respeito, o partido levanta uma questão: “Se era essa a preocupação do ex-presidente do Governo Regional, porque é que não se demitiu depois do orçamento estar aprovado?”, tendo em conta que a discussão estava agendada para o final desta semana e que seria “apenas uma questão de dias”.

“O argumento é portanto uma falácia. O PSD-CDS-PAN quer ganhar na secretaria e o que sabe que teria dificuldades em reconquistar nas urnas”, pode ler-se.

Ademais, é questionado o motivo que levou o representante da República aceitar duas vezes a demissão de Miguel Albuquerque e, paralelamente, a mudança de opinião “quanto à importância da aprovação do orçamento para garantir a normalidade e estabilidade”.

“Encontra o senhor representante da República normalidade e estabilidade numa governação sob investigação policial?”, questiona.

No que toca ao PAN, o Bloco considera o partido o “principal foco de instabilidade”.

“Com uma falta de coerência política gritante, já disseram tudo e o seu contrário e, no fim do dia, continuam a querer perpetuar e legitimar um regime que está pobre e que, com as suas políticas, tanto tem contribuído para o acentuar das desigualdades e para o empobrecimento dos madeirenses e porto-santenses”.

Deste modo, o Bloco de Esquerda entende que a democracia não pode “ficar refém de jogos de poder e de interesses partidários”.

“Os madeirenses merecem respeito e devem ser chamados a escolher um novo Parlamento, legitimado pelo voto popular”, acrescentam.