De símbolo da pobreza e degradação a ex-libris de uma terra. O antes e o depois de um recanto que conta histórias e recorda memórias. O ilhéu de antigamente já lá vai, e hoje é imagem de marca de uma ilha que atrai gente de todos os cantos do mundo.
Quem sobe, hoje, à coroa do ilhéu, não faz ideia da miséria que em tempos habitava este lugar. Atualmente, nesta ‘aldeia’ virada para o turismo, com casas bonitas e jardins deslumbrantes, não há réstia dos tempos de outrora, de um lugar onde centenas de famílias viviam na pobreza, sem condições humanas, sociais ou económicas.
Uma autêntica favela onde um pequeno quarto albergava dezenas de pessoas, num meio onde imperavam, no quotidiano, o álcool e a violência doméstica. Vivências que permaneciam em cada esquina deste recanto que conta e reconta histórias de fome e degradação que apenas permanecem na memória de quem um dia ali viveu.
Foi assim o ilhéu durante anos a fio. Um lugar cheio de gente com praticamente nada.
Leia mais na edição impressa de hoje, na rubrica 'Antes e Depois'.
Carla Sousa