Depois de ontem ter considerado que a criminalidade na Madeira é "residual", o tema voltou hoje a ser assunto e o presidente do Governo Regional reforçou a tese, indicando dados que colocam a Madeira como uma das regiões do país com menores índices de criminalidade.

"Não está em causa minimizarmos este desafio. Como autoridades públicas, temos de fazer todo o esforço no sentido de integrar estas pessoas e combater a insegurança", começou por dizer Miguel Albuquerque, à margem de uma visita aos armazéns de uma empresa localizada no Parque Empresarial de Machico.

"Mas não me baseio em suposições. Para governar tenho de me basear em factos concretos", afirmou, apontando a dados relativos a 2021, que constam do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), um balanço anual, publicado pelo Ministério da Administração Interna.

"Aqui constata-se que em todos os índices, todas as variáveis, crimes por mil habitantes, a Madeira continua a ser das regiões com menor índice de criminalidade do país. E a evolução, ao longo destes anos, desde 2012, tem sido decrescente. O número de infrações criminais tem diminuído. Isto não é minimizar o problema, é falar de dados objetivos", reforçou o governante, que considerou importante "não hiperbolizar esta situação".

"Ontem houve uma situação mais grave, mas isto são casos pontuais, não é genérico", concluiu.

Questionado sobre a proposta do PS para a criação de uma polícia municipal, no Funchal, Albuquerque considerou que tal não seria solução para o problema, acrescentando que resultaria em redundância de funções e custos adicionais para o município.

"Temos é um conjunto de compromissos por parte do Ministério da Administração Interna que têm de ser cumpridos", disse sobre o reforço de meios e as obras nas esquadras da Região.

Marco Milho