O presidente do Governo Regional visitou esta manhã a obra de construção de um empreendimento habitacional nas Eiras, freguesia do Caniço, afeto ao Programa Renda Acessível, destinado às famílias jovens madeirenses, trabalhadoras e que não conseguem aceder ao mercado de arrendamento privado.
Foi numa manhã de chuva forte e vento que Miguel Albuquerque esteve no local onde serão então construídos 40 fogos ((20 de tipologia T1 e 20 de tipologia T2) para dar resposta a problemas de acesso a habitação. No concelho de Santa Cruz, estão a ser construídos dois investimentos: o agora visitado e outro no Garajau, este com 44 fogos.
O governante lembrou que a primeira fase de inscrições para o programa contou com 620 candidatos. "As famílias, sobretudo jovens casais, têm hipótese de ter acesso a habitação cuja renda oscilará entre os 15 e os 35% do rendimento bruto de cada agregado e, ao fim de seis anos, podem converter a renda em processo de aquisição", recordou ainda, sem deixar de apontar que, até ao próximo ano, estarão concluídos na Região 620 fogos habitacionais.
"Tínhamos uma boa perspetiva sobre as necessidades sentidas pelos jovens casais e classe média, porque 33% desses agregados inscritos têm, curso superior e 44% têm o ensino secundário completo", revelou, acrescentando que as preferências são para apartamentos T1 e t2.
Miguel Albuquerque salientou que até ao final do ano de 2024, serão entregues 620 fotos. "Mas vamos continuar a construção até atingirmos os cerca de 800 fogos".
Confrontado com o facto de haver muitos inscritos no programa Renda Acessível ficarem de fora nesta primeira fase, o chefe do executivo madeirense respondeu que este é um apoio, entre outras modalidades, como as cooperativas recentemente constituídas, com construções a valores inferiores a 35% do valor de mercado. "É um esforço de todos que estamos a fazer que abarca todos os concelhos da Região".
De qualquer modo, mostrou abertura para reforçar a ‘Renda Acessível’ atendendo à procura pelo programa com forte incidência urbana. "Não cria guetos, exige às famílias um esforço compatível com os seus rendimentos e faculta a possibilidade de adquirirem uma casa com preços extremamente acessíveis".
O futuro empreendimento será afeto ao Programa Renda Acessível, destinado às famílias jovens madeirenses, trabalhadoras e que não conseguem aceder ao mercado de arrendamento privado, tendo em conta a atual conjuntura económica.
Segundo a nota de imprensa da Presidência do Governo, a obra, construída a custos controlados pela empresa Base Insular, faz parte dos 17 lotes aprovados da Oferta Pública lançada no final de 2021 pela IHM - Investimentos Habitacionais da Madeira, no âmbito do Plano de Resolução e Resiliência.
Trata-se de um investimento de 6,3 milhões de euros que corresponde a um edifício de uso habitacional a custos controlados, em regime de propriedade horizontal, com cinco pisos emergentes destinados a um total de 40 fogos (20 de tipologia T1 e 20 de tipologia T2) e dois pisos em cave destinados a garagem com 40 lugares de estacionamento privados, sala de condomínio, depósito de lixos e 41 arrecadações, a edificar num terreno com uma área total de 2.580 m2.
Paula Abreu