O ADN – Alternativa Democrática Nacional pediu hoje uma investigação a alegadas sobredosagens de antipsicóticos em instituições de acolhimento de crianças e jovens. Assumindo que se trata apenas de uma suspeita baseada em denúncias por parte de supostos “ex-funcionários” e que “não existem provas”, o partido considera que “a acusação é grave” e afirma que “tem de haver uma investigação das autoridades competentes”.

“O ADN - Madeira teve conhecimento de que existem sobredosagens ‘acidentais’ que podem ocorrer de forma intencional em algumas associações onde estão institucionalizadas crianças e jovens aqui na RAM, por forma a manter essa população, por vezes considerada problemática, em modo zen”, pode ler-se numa nota assinada pela dirigente do partido Carolina Martins.

Na mesma nota, é feito um apelo aos profissionais de saúde, em particular aos médicos, para que instruam os cuidadores destas instituições “para o uso correto dos doseadores e para os sinais e sintomas de sobredosagem”. O partido sugere ainda às entidades inspetoras da Saúde para que sejam averiguadas estas instituições, por meio de “colheitas de sangue aleatórias e de surpresa”.

O ADN apela ainda aos profissionais de saúde que eventualmente se apercebam de irregularidades para fazerem denúncia de eventuais abusos na utilização de medicamentos antipsicóticos nas crianças e jovens”.

“Como mãe, sinto-me na obrigação de zelar pelos filhos daqueles que não tiveram a sorte de ter uma família. Espero que todas estas suspeitas sejam infundamentadas, mas seria interessante fazer uma averiguação idónea e séria”, conclui Carolina Martins.