O ADN, em comunicado assinado por Miguel Pita, manifesta-se contra “o exagero das novas medidas” anunciadas pelas autoridades regionais de que a partir de 1 janeiro 2025 passam a ser cobradas taxas de 3€ pessoa (turista) para aceder à Ponta de São Lourenço, Caldeirão Verde, Balcões, Levada do Risco, Levada do Rei e Vereda do Areeiro/Pico Ruivo, assim como a criação de mais uma taxa a ser aplicada em 2026, denominada de “’taxa da floresta’ alternativa ao pagamento dos percursos, juntando à taxa de 2€ já existente no Cabo Girão e às recentes taxas turísticas municipais também de 2€ durante os primeiros 7 dias de alojamento.
O partido considera que esta “não é a melhor forma de garantir o sucesso da nossa principal fonte económica regional, pois até pode ter o efeito oposto, tendo em conta que as condições que lhes oferecemos não são proporcionais ao que queremos cobrar-lhes e por vezes até fica a sensação que eles representam um ‘fardo’ ou ‘estorvo’ para as nossas autoridades e sociedade, basta ler o que é publicado nas redes sociais a que eles (turistas) também têm acesso, fazendo lembrar o ano 2020 quando eram responsabilizados pelo propagação do vírus Covid-19 e até impedidos de entrar em autocarros públicos”.
“Não é culpa dos turistas que tenhamos cada vez mais betão em detrimento de natureza, muito menos são os turistas quem pegam fogo nas nossas serras, limitando-lhes os acessos e proporcionando uma paisagem deprimente e destruída pelo fogo, também não é responsabilidade do turista o facto de termos más condições de saneamento básico que faz com que eles tenham de pagar à Frente Mar para poderem nadar entre fezes e outras poluições vergonhosas, perante as bandeiras azuis orgulhosamente hasteadas na costa sul da RAM”, adita.
O ADN-Madeira, por fim, receia que “tenhamos perdido o nosso estatuto de bons ‘anfitriões’ conquistado ao longo de décadas e que após o sucesso dos últimos anos tornamo-nos ‘pobres e mal-agradecidos’, com o risco acrescido de podermos esta a matar a nossa ‘galinha dos ovos de ouro’, assim como receamos que no futuro próximo não bastarão os sucessivos prémios de ‘Melhor destino Insular do Mundo’ para salvar a nossa reputação turística, ainda mais quando temos um aeroporto sem soluções e condições aquando dos constrangimentos motivados pelo vento”.