O CDS Madeira reuniu, este sábado, no Santa Cruz Village Hotel, numa iniciativa organizada pela concelhia do CDS em Santa Cruz, que deu início a um ciclo de conferências sobre a Cidadania.
Esta primeira conferência, subordinada ao tema 'O voto enquanto instrumento de escolha e compromisso', teve como oradores o atual presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues e a deputada do CDS-PP na Assembleia Legislativa da Madeira, Ana Cristina Monteiro.
A sessão de abertura desta palestra ficou também marcada pela intervenção do líder regional do CDS-PP, Rui Barreto, que destacou primeiramente a importância desta iniciativa que vem apelar ao sentido cívico do exercício do voto como escolha e compromisso nos atos eleitorais. O presidente do CDS Madeira reforçou que "a melhor forma de defendermos a democracia é governar bem". "Governar para todos, para uma sociedade mais justa, elevando a qualidade de vida e reduzindo as desigualdades", vincou.
Na ocasião, Rui Barreto, falou aos presentes naquele que o CDS entende ser "um ótimo indicador recente por parte da Comissão Europeia". No Índice de Competitividade Regional (ICR) da EU, a Região Norte e a Região Autónoma da Madeira foram as regiões que mais progrediram na UE entre 2016 e 2022. Neste âmbito, o líder regional afiança que a Madeira está "no caminho certo", e que as atuais políticas "são as acertadas" para afirmar a Madeira como uma região moderna, inovadora e competitiva.
Na ocasião, José Manuel Rodrigues fez uma retrospetiva das democracias dos regimes económicos no mundo e na Europa nos últimos 50 anos. Referiu, também, o perigo da emersão dos regimes autocratas/ditatoriais no mundo, alertando que tem sido cada vez mais visível o retrocesso democrático, inclusive no seio da Europa, o berço da democracia.
Evidenciou, também, a força do voto dando como exemplo a realidade do atual regime da Venezuela, comparando-o ao regime democrático em Portugal.
Por fim, o também líder centrista referiu as possíveis causas da abstenção e apresentou possíveis soluções para combater este flagelo, nomeadamente a aposta no voto eletrónico, modernização das instituições, a procura de informação credível combatendo as fake news. E rematou, "é fácil defender uma ditadura num regime democrático, o difícil é defender uma democracia numa ditadura".
Ana Cristina Monteiro, na sua intervenção, recordou a sua história. A luso-descendente nascida na Venezuela teve de deixar o país que a viu nascer, por motivos de segurança. Hoje, a deputada do CDS no Parlamento Regional, defensora das causas das comunidades e dos direitos humanos afirmou, nesta conferência, que "votar não é só um direito constitucionalmente garantido, mas sim um dever cívico de todos os cidadãos porque o exercício político é de todos, não só dos políticos". E acrescentou que "a responsabilidade cívica de intervir nos assuntos que nos dizem respeito, sejam estes ao nível da saúde, da segurança, da educação e da cultura, é de todos, pois é através do voto que nos expressamos."
Lídia Albornoz, presidente da Concelhia de Santa Cruz, falou aos presentes na Sessão de Encerramento desta conferência e referiu que estas palestras sobre a cidadania são cada vez mais importantes. Para Lídia, o voto é um dos símbolos máximos da democracia, "não esqueçamos que todos temos o direito de fazer parte da vida política do país, de forma direta ou por intermédio de representantes livremente eleitos", disse.