Como sempre o fez desde 2003, altura em que despoletou o Caso Casa Pia, envolvendo uma série de figuras conhecidas da sociedade portuguesa, o ex-apresentador de televisão assume-se como inocente, explicando ter sido "vítima" de uma "monstruosidade jurídica", continua a repetir nas diversas entrevistas que tem concedido ao longo dos anos.
A última das quais, há poucas semanas com Manuel Luís Goucha na TVI, o «Senhor Televisão», epíteto pelo qual ficou celebrizado disse, em retrospetiva, sentir-se "atraiçoado" com o país, sendo que admite ter visto a sua imagem beliscada enquanto cidadão de plenos direitos.
A Goucha, reiterou estar em paz, até porque, afirma: "Vivo de consciência totalmente tranquila". Isto numa clara alusão à condenação por abusos sexuais de menores, cuja pena cumpriu pela metade.
Carlos Cruz apontou em diversas direções, nomeadamente com farpas dirigidas à Comunicação Social que responsabiliza pela sua condenação em praça pública, bem como pelo rol de notícias que foram veiculadas.
Recordar que os advogados do ex-apresentador aguardam reposta depois de terem interposto um recurso ao Supremo Tribunal de Justiça, de forma a rever o processo. Também já recorreram ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
Quanto a Carlos Cruz, não pretende voltar aos ecrãs nos quais se notabilizou. Apenas mantém o desejo de que "(…) as pessoas percebam de uma vez para sempre que eu não cometi crime nenhum".