Rock in Rio atrai multidão
Os ritmos e as cores de África estão instalados por estes dias no Rock in Rio Lisboa, num convite à descoberta ou à confirmação da riqueza e da diversidade deste continente, disse hoje à Lusa a responsável de programação.
Da semba à coladeira, passando pelo ‘afro-punk’ ao kuduro, a rua apelidada de EDP Rock Street, tudo isto pode ver-se na edição deste ano do Rock in Rio, Lisboa com início hoje no Parque da Bela Vista, o autêntico caldeirão de géneros e de sonoridades que marcam o continente africano.
À Lusa, Paula Nascimento, curadora do palco da EDP Rock Street, salientou que este palco vai oferecer nos próximos dois fins de semana “um conjunto de excelentes propostas musicais assentes em ritmos africanos de diferentes países, de diferentes géneros, de diferentes gerações”.
E deixa uma promessa: “O que o palco tem a oferecer é muita alegria e muita dança para quem gosta. E quem não gosta que venha experimentar”.
A viagem proposta passa por várias latitudes no continente africano, dos lusófonos Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique, mas também por África do Sul, Gana, Zimbabué, Mali, Guiné-Conacri, Mauritânia e República Democrática do Congo.
O primeiro dia do palco arrancou hoje com o reportório do guineense Kimi Djabaté, seguindo-se o grupo Tabanka Djaz, também da Guiné-Bissau, que entusiasmou a plateia e despertou vários passos de dança entre o público. A “festa africana” terminou ao som de Bonga, uma das principais referências da música angolana. A plateia estava cheia e o ritmo imposto pelo músico angolano levou muitos à dança.
No domingo, será a vez do ‘hip hop’ de Karlon, com ‘samples’ de ritmos tradicionais cabo-verdianos, e de Baloji Tshiani da República Democrática do Congo. O dia termina com vista para Cabo Verde com os sons tradicionais da banda Ferro Gaita.
Questionada sobre o processo de seleção dos artistas, Paula Nascimento explicou que foi um “trabalho de composição”.
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