"Julgo que o [António] Aragão, onde estiver, com certeza que hoje está feliz, porque conseguiu, depois destes anos todos do seu desaparecimento físico, manter uma mensagem bastante forte e presente entre nós."
É assim que o Secretário Regional de Turismo e Cultura define a exposição "Olhar(es) Sobre a Ilha", que visitou esta tarde e cuja iniciativa fez questão de agradecer ao Museu das Cruzes por se ter associado à comemoração do I Centenário do Nascimento de António Aragão.
A mostra inclui quatro desenhos aguarelados da autoria de António Aragão: ‘Procissão’, ‘Peixeiros’, ‘Homens de Carga’ e ‘Borracheiros’, datados de 1965, e adquiridos pela então Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal, em 1966, e que integraram a exposição "Aguarelas de Costumes da Madeira", realizada em 1983 no átrio do Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal.
A exposição dá também a conhecer desenhos e aguarelas de usos e costumes de uma Madeira antiga, sob diferentes perspetivas e olhares de artistas, separados por um século, já que são ali postas em confronto a visão romântica do século XIX, de Emily Geneviève Smith (1817-1877), com a visão vanguardista do século XX e de António Aragão, complementada com um apontamento escultórico ‘Borracheiro’, de autoria de Francisco Franco (1885-1955).
"Olhar(es) Sobre a Ilha" ficará patente no Museu Quinta das Cruzes até ao dia 26 de fevereiro de 2022.
Redação