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Casa-Museu Maria Ascensão é para avançar

    JM-Madeira

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    Data de publicação
    14 Maio 2021
    5:00

    A reabilitação e transformação da casa onde viveu Maria Ascensão, a embaixatriz do folclore madeirense, num museu vai mesmo avançar, segundo garantia deixada pelo presidente do Governo Regional que presidiu à cerimónia de inauguração do monumento escultórico em sua homenagem.

    O desejo de ver a casa da "loira da Camacha" aberta à população, mostrando um pouco daquilo que foi a sua vida e carreira à frente do grupo de folclore daquela freguesia, foi inicialmente deixado pelo presidente da Casa do Povo local, que, num emocionado discurso, não poupou nas palavras para descrever aquela que levou o nome da Madeira e a sua alegria "por esse mundo além".

    Recordando que este monumento escultórico era há muito ambicionado, Ricardo Vasconcelos aproveitou ainda a ocasião para pedir mais intervenção pública e mais apoios para os grupos culturais locais.

    Relativamente à futura casa-museu, lembrou que a residência foi doada pelo seu marido, Abel Freitas, à Casa do Povo da Camacha e que esta seria "a homenagem maior ao seu legado ao folclore madeirense".

    Escutado o pedido, Miguel Albuquerque disse, por sua vez, que, para além de continuar a ajudar na promoção da cultura popular, ia oferecer o seu apoio na recuperação e instalação da casa de Maria Ascensão, "como um polo dinamizador da etnografia e do folclore madeirense".

    Esse apoio, explicou, será feito em colaboração com várias entidades, entre as quais a Casa do Povo, e terá como objetivo o de garantir que a casa de Maria Ascensão será aberta ao público, à educação e à cultura".

    Falando aos presentes, o chefe do Executivo madeirense referiu ainda que, assim que acabarem as restrições relativas à pandemia, será retomado o desfile etnográfico, revelando que este fará parte dos eventos anuais do turismo e da cultura da Madeira.

    No dia em que celebraria 95 anos de vida, Maria Ascensão foi ainda lembrada nesta cerimónia pelo atual presidente do Grupo Folclórico da Camacha. Avelino Sousa recordou a "mulher de palco", com a qual partilhou muitas atuações e viagens, bem como o seu grande profissionalismo enquanto bailarina. "Foi ela quem nos transmitiu religiosamente todos os ensinamentos dados pelo nosso primeiro diretor artístico", lembrou.

    "A senhora Ascensão tinha um coração tão grande como o seu sorriso", afirmou, destacando o seu lado humilde e caloroso.

    Também os escultores autores da peça, Nicolau Viana (autor do busto em bronze) e Zé Baptista (autor da base), deram o seu testemunho quanto ao orgulho que sentiram ao construí-la. Nicolau Viana confessou até que Maria Ascensão merecia muito mais do que isto [escultura]".

    Sugerida medalha de mérito

    Outra das intervenções feitas nesta cerimónia foi a do presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz.

    Para além de enaltecer a pessoa que foi Maria Ascensão, Élvio Sousa anunciou que a sua autarquia vai ratificar, na próxima reunião de Câmara, um despacho, datado de há duas semanas, pedindo a atribuição de uma ordem honorífica vinda da República.

    "Eu acho que ela merece uma Ordem de Mérito", afirmou o autarca, salientando que o título da mesma ficaria a cargo do próprio Presidente da República e sugerindo que o mesmo podia já ser atribuído nas próximas comemorações do dia 10 de junho, Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas

    Lúcia M. Silva

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