ATEF promete abalar os meandros culturais
Em contagem decrescente para a retoma, a peça teatral “Alguém terá de morrer” (2ª edição) com a chancela da Associação Teatro Experimental do Funchal (ATEF), marca o arranque da temporada artística.
Assim, a ATEF está de volta à cena, no Cine Teatro de Santo António, já a partir de dia 3 de outubro.
Para o momento, reservaram uma produção que coloca lado a lado a dicotomia vida/morte. Convocando a uma mescla de reflexões existenciais, a obra aborda temas díspares como o amor e a hipocrisia, passando ainda pelo desrespeito e falta de solidariedade. Valores que, segundo o encenador da peça, se encontram em decadência nas sociedades atuais. Quanto ao enredo, reúne uma família que, inesperadamente, é confrontada com uma visita imprevista, acompanhada de uma questão lacónica, garante de mistério e suspense: qual deles irá morrer? Eis a interrogação que poderia servir de epígrafe ao texto de Luíz Francisco Rebelo.
De realçar, na mesma senda, que a encenação é de Eduardo Luíz, ao passo que a dramaturgia ficou a cargo, também, do encenador da peça e de Márcia Rodrigues.
O espetáculo teatral conta com um ‘hepta elenco’. Luciano Moniz, Sara Cíntia, Sandra Barreto, Miguel Sobral, Celina Pereira, Marcos de Góis e Daniel Nascimento são os atores que dão corpo e vida às personagens de “Alguém terá de morrer”. A representação teatral estará em exibição de 3 a 31 de outubro.
“Alguém terá de morrer” será a sua 148ª produção em 45 anos de existência.
Não obstante, a rentrée da companhia fundada em 1975 compreende ainda uma programação culturalmente eclética. Exposições coletivas, como “Silêncio” – que estará patente a partir deste sábado – tal como ações formativas e oficinas permanentes, este último aspeto vocacionado, essencialmente, para a vertente de serviço púbico, completam o périplo de atividades culturais, cujo prelúdio está marcado para 30 de novembro, com as celebrações do 45º aniversário da associação. Para esse dia está agendada uma exposição para comemorar a data. Já o desfecho desta temporada está marcado para 28 de fevereiro com uma peça dirigida ao público infantil, “As guerras da Canzoada e da Gataria”, a partir de José Wallenstein.
Até lá a mostra de conteúdos culturais é variada, estendendo-se por um espaço temporal de onze meses.