Eu queria ir ao Porto Santo no verão. Podem dizer o que quiserem. Gosto daquilo, pronto. Eu sei que o sol não é garantido. Que muitas vezes faz vento. Que as viagens estão mais caras. Que os hotéis custam os olhos da cara (antes esses que o outro). Que, que e que… Que eu vou na mesma! Este ano, como nos anteriores, o meu pai também ia. Mas começou a pensar nos compromissos que tem por cá e a certa altura ponderou não ir. 10 minutos depois já ia. 15 e afinal ia e vinha e voltava a ir e vir. 20 e ia e vinha depois. 30 e lá decidiu que ia e vinha antes desses afazeres. Pronto. Da parte dele estava arrumado. Pelo menos até ver…

Faltava eu. E ainda falto. E o pior é que não sei até quando. É que eu ainda estou à espera para saber quem vai usar da palavra no Chão da Lagoa. Sim senhores. Só depois disso é que decido se e quando vou à Ilha Dourada. Comigo é assim. Primeiro o sacrifício e só depois o prazer…

Peço então por favor, se alguém souber, que me diga que Santos vão falar a par com os Anjos? Sempre vai ser o São Miguel, o São Montenegro, o São Prada e o São Melim?! É que se for, e sem desprimor para nenhum deles, eu marco já passagem de ida para dia 23 de julho. É que o 1.º, anda esquecido. Se se esqueceu que a Câmara Municipal do Funchal agora é do PSD, vai lembrar-se cá da festa do mês que vem?! O 2.º, nem deve saber o caminho para a herdade. O 3.º?! Esqueçam. Canta bem, mas não me alegra. O 4.º eu até gosto, confesso. Mas quando for a vez dele, aposto que os Jotas já vão estar tão bêbados que não vão deixar ninguém ouvir nada.

Sendo assim, por mim, só fico por cá se falar o São Pedro ou, em último caso, o São Lopes da Fonseca. O 1.º porque parece que mudaram a fechadura da porta do céu e as novas chaves estão nas mãos dele. Glória a vós senhor. O 2.º? Eu sei. Calma. Eu sei que o santinho não é(ra) do partido. Mas merecia que lhe dessem palco. Merecia porque afinal de contas, numa festa que se prevê tensa, vai ser necessária alguma serenidade. Algum equilíbrio. Ponderação vá. E quem melhor que o líder parlamentar dos centristas para promover a concórdia? Ou não fosse ele ter dito, por estes dias, que "o CDS tem sido um garante da paz social que se vive na Região".

Mas mentiria se escrevesse que a minha indefinição quanto às férias de verão se prendem única e exclusivamente com esta dúvida. Não, não é só culpa dos oradores. É culpa de um polícia também…. Então não é que um dia destes chego para almoçar e tinha uma carta ao lado do prato? Correio Registado do Ministério Da Administração Interna - Polícia de Segurança Pública - Comando Regional da Madeira. Ponderei se devia abrir antes ou depois de comer, mas a curiosidade era tanta que não resisti. "Junto se envia a Notificação do Auto referido em epígrafe, para que possa, nos prazos e locais legalmente estabelecidos, proceder à sua regularização." Assim. Sem bom dia nem boa tarde. Como tem passado? Nada. Senti-me um qualquer.

Referia-se a 2021/10/20 às 20:50 na Avenida Zarco. Não fazia ideia do que seria… Já tinha mais de 6 meses! Virei então a página e saltou-me à vista o valor. 250€. Eita…. Querem ver que estacionei o carro dentro do Banco de Portugal?! Mas não... Era pelo "manuseamento de forma continuada, pelo condutor, durante a marcha do veículo, de aparelho radiotelefónico". Bonito serviço. A ser verdade, só imagino que tenha sido enquanto o sinal estava vermelho e eu estivesse a responder à minha mulher. Só pode! É que eu não respondo a mais ninguém com tamanha prontidão. Mas também vos posso garantir que foi dos dinheiros mais bem empregues. Se tivesse que pagar a coima dela, por certo saía-me mais caro…. Aproveito então a oportunidade para agradecer a atenção à/ao agente. Tentei desvendar a sua identidade, mas não consegui. O "bilhete" não vem com o nome do autor, como nas receitas, por exemplo. Só com número. E 147966 não me diz nada.

Se eu já era defensor da PSP, então agora… Ai de quem se queixar da inércia da mesma! Eles não têm mesmo mãos a medir. Neste caso, foi preciso o/a "guarda" tomar conta de uma ocorrência ao mesmo tempo que fazia um gratificado. No fundo, estava com um olho no banco e um olho em mim…. Bonzinho.

Ps, Já nasceu a bebé a quem o Professor Marcelo deu um beijo quando ainda estava no ventre da sua mãe. Foi um gesto bonito. Fê-lo como pedido de desculpa pela falta de obstetras. Queria era vê-lo pedir perdão pela escassez de urologistas! Cá beijinhos na barriga é fácil… Ao menos de médicos dentistas está o país cheio! Boca a boca não vai ser preciso. Irra!