MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

15/01/2022 08:00

Deuce australiano

Podia ser um título de um livro, uma série de uma plataforma de streaming ou mesmo um filme. Novak Djokovic está a dar tudo no entretenimento mundial, fora dos courts, entenda-se de ténis, porque no court do juiz Anthony Kelly, a razão ficou do lado do tenista. No entanto, o jogo segue empatado.

A liberdade de escolha é importante, bem como são as consequências das escolhas decorrentes dessa liberdade. Djokovic disse não à vacina. A Austrália só permite a entrada a pessoas vacinadas. Djokovic não podia entrar na Austrália.

Com as cartas já lançadas na mesa, o atleta embarca rumo à Austrália na posse de um suposto trunfo, que atesta uma isenção médica que segundo o próprio lhe permitiria o desembarque. A isenção assentava no facto do jogador ter alegadamente contraído a doença em dezembro, estar recuperado e se encontrar desta forma impossibilitado de ser vacinado. Os astros alinharam-se com a covid-19 e não poderia ter existido melhor altura para o atleta não vacinado contrair a doença. Logo à chegada começaram os problemas para o sérvio. Nas datas em que o jogador terá testado positivo e sujeito a cumprir o isolamento decretado pelo seu país, manteve a agenda social com eventos devidamente fotografados e partilhados nas redes sociais. Ora, das duas uma, ou Djokovic contraiu a doença e não respeitou as normas de saúde pública vigentes no seu próprio país, ou então não contraiu a doença, mentindo para que lhe fosse permitido participar no Open da Austrália. Qualquer uma das hipóteses é péssima. A adensar um pouco mais a trama, sabe-se posteriormente que Djokovic mentiu no preenchimento do formulário de pedido de visto, tendo feito uma viagem a Espanha nos 14 dias anteriores à viagem para Melbourne, que não declara e que constitui crime.

O certo é que um dos jogadores mais brilhantes do ténis actual arrisca uma pena de prisão, uma deportação e a não participação no torneio. Quanto à vergonha aos olhos do Mundo, dessa já não se safa.


Homem-porco e a vacina portuguesa

Esta semana realizou-se com sucesso o primeiro transplante de coração entre espécies diferentes, um porco e um homem. A cirurgia inédita aconteceu em Maryland nos EUA e é mais uma prova do engenho e inteligência humana ao serviço da ciência e da saúde. E se o impossível aconteceu na América por cá também podemos dizer o mesmo. Parece impossível que a vacina portuguesa contra a Covid-19 esteja há 6 meses à espera de financiamento estatal. A falta de interesse no financiamento pode dever-se ao facto de ser uma vacina de inalação, porque como todos sabemos, o estado português está mais habituado a injeções a bancos, a transportadoras aéreas, entre outros.

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Qual o seu grau de satisfação com a liberdade que o 25 de Abril trouxe para os madeirenses?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas