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Artigo de Opinião

Engenheiro

16/09/2021 08:01

Penso que este deve ser um carma dos socialistas, tanto nacionais como regionais, pois este raciocínio de que "quem ganha por poucochinho" é capaz de poucochinho assenta que nem uma luva ao poder autárquico instalado na nossa capital, o Funchal. Tanto as eleições de 2013 como as de 2017 foram ganhas pelos socialistas por pouco… por poucochinho! E fizeram em oito anos muito poucochinho e, à semelhança dos congéneres do retângulo,… mal, muito mal.

O arranque desta cruzada socialista pelas ruas do Funchal travestida de independente faria corar Maquiavel. A coligação Mudança, assim que chegou à Praça do Município tratou de despachar a carga pesada que estava a atrapalhar. De forma cirúrgica e paulatina (atenção que este advérbio de modo não vem de Paulo), lá mandaram borda fora os indesejados. Se calhar eram demasiado independentes...

No primeiro mandato, uma mão vazia, outra cheia de nada. Mudaram o nome da Cota 40, um feito revolucionário, agora é Via 25 de Abril...não sei se foi pela revolução dos cravos ou se foi pelo facto de estar sempre a inundar, pois como diz o povo: Abril, águas mil. Inauguraram o Lido, um projeto deixado pela equipa do PSD, veio o Costa a banhos, a placa era gira e o povo ficou nas galerias, não havia croquetes para todos. Caíram umas árvores numa freguesia chata do PSD, morreu gente, morreu muita gente, mas antecipando o estilo Cabrita, a culpa foi dos jardineiros e o presidente passou pelos pingos da chuva e sem um pingo de vergonha. Como não tinham uma ideia que fosse, nem nada para fazer e o ócio é obra do diabo, e o diabo é do PSD, toca a chatear a malta do Governo. Foi um frenesim de embargos e obstáculos às realizações do Governo, era como se tivessem a chave da casa de banho. Isto tem um nome: é terrorismo administrativo. Não contentes com os embargos, ainda impuseram um desconto unilateral e oportunista à fatura da água e dos resíduos...não pagam, mas cobram aos munícipes. Isto tem um nome: é terrorismo financeiro. Ao pé desta gente, os talibãs afegãos são uns meninos do coro.

Depois veio a segunda vaga, e que vaga. Se na primeira fizeram pouco, na segunda, pouco fizeram. A tática foi sendo apurada para os voos do comandante independente que passou, entretanto, a militante com cartão rosa. A autarquia era um trampolim para um salto maior, havia que aparecer, havia que dizer, havia que dar, mas havia também para fazer... mas pouco ou nada foi feito. A mobilidade era um desígnio, mas era também um desastre, nem o Senhor Bom Jesus ajudou. O urbanismo, um pântano onde nem para uma palafita se conseguia uma licença em tempo útil. As empresas públicas municipais foram sequestradas e saqueadas por bandos de socialistas e outras aves raras. A máxima de que a vida são dois dias e o Carnaval são três, inspirou a política de habitação social da autarquia. Tal foi o forrobodó que em vez de SocioHabita podiam perfeitamente mudar para SambaHabita. Nos complexos balneares, a festa também foi rija, mas nem com o mago das finanças a coisa funcionou e foi mesmo ao fundo, talvez PoitaMar ficasse melhor em vez de FrenteMar… mas esta já faleceu.

Perante o historial de incompetência e de "inconseguimentos", uma terceira vaga de mais poucochinho seria a morte do Funchal, seria o declínio fatal. Não admito que transformem a minha cidade num reduto de poder socialista. Não quero a minha cidade gerida de forma titubeante e medrosa (cuidado onde se coloca o "r"). Não quero confiar, quero acreditar. Quero ação, não quero reação. Quero uma voz firme, não quero choraminguices e amuos de gente democraticamente infantil. Quero uma cidade que vai à frente, uma cidade que lidere e que avance. Quero uma cidade com mais, com muito mais, estou farto deste poucochinho, deste muito poucochinho.

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