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Artigo de Opinião

24/07/2021 08:01

No início do confinamento, a tecnologia causou ansiedade aos vários intervenientes do ato educativo. Mas, como sempre, a adaptação foi rápida. No entanto, alguns profetas da desgraça vaticinavam o caos e o abandono da tecnologia logo que o ensino presencial regressasse. Felizmente não aconteceu, ao contrário, professores e alunos perceberam as vantagens do seu uso e na criação de novas competências necessárias ao futuro dos alunos.

A Região esteve durante anos na vanguarda da utilização da tecnologia em contexto educativo, infelizmente durante os anos do PAEF o investimento nesta área retraiu-se. No entanto, nos últimos anos, temos vindo a reconquistar terreno na inovação pedagógica. Esta retoma iniciou-se com o projeto dos manuais digitais, as salas tecnologicamente enriquecidas, os clubes de robótica e diversos projetos. Ainda, ultimamente foram entregues prémios de inovação às escolas no âmbito da Feira tecnológica da SRE e foi notória a qualidade dos projetos premiados.

Também, no âmbito da Multimédia, temos crescido em qualidade e quantidade de projetos, que foram recentemente apresentados durante o FACE (Festival de Audiovisual e Cinema Escolar). Embora sem ruído este desenvolvimento tem sido estudado, aplaudido e louvado a nível nacional e internacional. Recentemente os resultados preliminares de um estudo nacional nos colocam ao nível da Nova Zelândia ou dos Estados Unidos.

Em silêncio preparamos a aquisição de competências tecnológicas por parte dos nossos alunos, preparamo-los para um mundo em mudança, certos de que terão sucesso. Assim é o espírito madeirense. Nem sempre é fácil consegui-lo, a geração de professores que agora prepara esta nova geração não pertence aos nativos digitais, mas com abnegação forma-se, aprende e investiga novos métodos para incluir todos num futuro mais próspero.

A formação de professores será um dos maiores desafios dos próximos tempos, pois em paralelo com um aumento da oferta formativa é necessário garantir que dá resposta, à inovação tecnológica, mas também ao rigor científico e pedagógico, pois o conhecimento científico também evolui assim como o conhecimento pedagógico, que tem de ser moderno e inclusivo.

Entristece-me ver deputados da Assembleia Legislativa Regional, que quando não têm outra agenda, clamam da sua tribuna que estes projetos têm de ser estudados. Não fazem certamente o TPC, pois os autores de diversos setores académicos estão de olhos em nós, estudam-nos e não ficam à espera de encomendas para o fazer.

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