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Artigo de Opinião

20/07/2021 08:01

Os socialistas negaram o sucedido, mas todos nós já sabemos o que a casa gasta. Faz parte do "pão nosso de cada dia" do poder local este tipo de práticas.

Todos os anos eleitorais somos confrontados com notícias do género. Eu própria já formalizei várias queixas junto da Comissão Nacional de Eleições por intimidações e chantagens a candidatos do PTP numa tentativa de dissuadi-los da sua candidatura. A diferença é que a alguns anos atrás as queixas eram só contra o PSD, agora também ocorrem contra o PS. É a prova que andamos aqui há tanto tempo sem nada aprender! Quando pensamos que se trata de um problema exclusivo do partido A, B ou C rapidamente constatamos que a intolerância e a falta de espírito democrático são transversais. Escolhe-se autarcas com a formação democrática e cívica de um alfinete e o resultado são caciques provincianos com comportamentos grotescos e tipicamente africanos.

Há quatro anos atrás, enquanto cabeça de lista pelo PTP à Câmara do Funchal, fiz várias denúncias públicas contra elementos da Coligação Confiança por violação dos deveres de neutralidade dos titulares de cargos públicos. Desta vez, integram a Coligação Confiança: o PS, o BE, o MPT, o PAN e o PDR. Nada mau para quem tem fama de ser mau parceiro, não esqueçamos que partidos como PND, PTP e JPP se demarcaram em absoluto da gestão autárquica do PS, com duras críticas, na Câmara do Funchal.

O BE manteve-se por um fio, a opção não foi consensual, com um pesado custo para o partido, completamente desmembrado, dividido entre os militantes a favor e os contra a Coligação Confiança. Serão o PS e a senhora vereadora Dina Letra, os protagonistas da Comissão Liquidatária do BE-Madeira?!

O Nós, Cidadãos ficou de fora do entendimento, ao contrário do que estava inicialmente previsto por correr o risco de ser ilegalizado. Pelo que foi dito na imprensa, consta que não apresentou as contas do partido nos últimos três anos consecutivos ao Tribunal Constitucional. Curiosamente, o primeiro a denunciar a situação foi precisamente um dos partidos que integra a Coligação, o PDR. Em vésperas da concretização do acordo já andavam às turras. A coisa começou bem! Mas nada de surpreendente tendo em conta o historial dos intervenientes. Até hoje não foi bem explicado a saída abrupta de Filipe Rebelo da empresa municipal Socio-Habita (líder do PDR/Madeira). Inexplicavelmente, disse sair de sua livre e espontânea vontade, para uma "licença sambática" (palavras do próprio), mas manteve o vencimento como se tivesse sido exonerado forçadamente do cargo, a título indemnizatório.

Depois do desastre das últimas coligações, uma coisa é certa, foi obra o PS conseguir reunir quatro partidos. Devem ter prometido tudo e mais um par de botas para conseguir convencê-los. Já vão na terceira edição da Coligação, será que, entretanto, aprenderam alguma coisa?

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