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Artigo de Opinião

16/07/2021 08:02

Em 1974, o 25 de Abril também era pretendido pelas organizações comunistas, no contexto da época sonhando com uma revolução totalitária de capitalismo de Estado, de polícia política e censura, e de partido único com uma nova classe burocrática a dominar.

Em 1974, num corporativismo legítimo e demonstrada a incapacidade do impropriamente denominado "Estado novo" encontrar uma solução POLÍTICA adequada para já catorze anos de guerra colonial suportada com sacrifícios heróicos, os Militares do Movimento das Forças Armadas decidiram e concretizaram a queda do regime.

Solução POLÍTICA adequada que se revelava impossível dada a natureza totalitária, obscurantista e centralista do regime da Constituição de 1933.

Esta intervenção militar legítima, sem qualquer filiação ou modelo político-partidário, imediatamente foi apoiada e assumida por quase toda a Nação, portuguesa.

Só que, depois, foi preciso um novo confronto militar, a 25 de Novembro de 1975, para derrotar o oportunismo totalitário dos movimentos comunistas num País político-culturalmente impreparado.

25 de Novembro que, pela covardia do "politicamente correcto", foi traído na Assembleia Constituinte e está quase abafado - inclusive na Madeira "renovadinha" - enquanto, sem vergonha, comunistas e alguns socialistas, numa descarada manobra de propaganda consentida, atrevem-se a chamar a si a "propriedade" do 25 de Abril que É DE TODOS.

As próximas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, dado o País estar rico começam uns anos antes e acabam uns anos depois.

Deviam ser a ocasião ideal para Portugal se reencontrar com a VERDADE HISTÓRICA. Para todos os Portugueses se sentirem irmanados no espírito inicial puro do 25 de Abril. Em vez de, todos os anos, se insultar a maioria dos Cidadãos com as sempre iguais cenas foleiras e aguardentadas, encenação ridícula e caquética de um fascismo comunista que se apresenta "dono" ou "motor" do 25 de Abril, quando TUDO fez para impedir a Democracia!...

A indicação do General Ramalho Eanes para Presidente das Comemorações, não oferece quaisquer reticências. Para além de verdadeiro Estadista, é um Militar de Abril e liderou a defesa da Democracia no 25 de Novembro.

Só que o Governo socialista, com o amen habitual e sem imaginação do Presidente da República, designa para chefiar a toda-poderosa "comissão executiva" da efeméride, um dos seus mais destacados agentes de propaganda - e também geminado ao Bloco dito de "esquerda" - até docente num estabelecimento que, com os nossos impostos, vai parindo formação marxista!

A intenção está clara!

Em vez de o Presidente da República e o Governo da rua de S. Bento, de uma vez por todas, devolverem o 25 de Abril a todos os portugueses, tudo indicia o propósito de, com os dinheiros públicos, reforçar a imagem pirosa de a Revolução ter sido iniciativa desta falsa "esquerda" a qual, na ocasião, nada arriscou. Aliás só a "informação" dominada ou sabuja é que chama "aquilo" de "esquerda"...

Entre outras correntes políticas democráticas, coerentemente o Partido Social Democrata denunciou mais esta TRAMÓIA.

Porém denunciar, mas depois se juntar à "festa" assim montada, será INADMISSÍVEL.

Já bastou o erro da falta de um candidato próprio nas presidenciais, o qual, mesmo não ganhando, definiria e marcaria território.

Como eu já disse há dias, a melhor maneira de se denunciar ante a comunidade internacional o que vai por "esta" República, é o PSD não se misturar.

Organizar o seu próprio programa de Comemorações do 25 de Abril.

Desta forma recuperar a presença no terreno em todo o território nacional, promovendo em cada ex-distrito grandes manifestações para celebrar o 25 de Abril, avançando em claras mobilizações populares.

É tempo de dizer NÃO, sem hesitações, contra o "politicamente correcto" do Sistema, é tempo de MUDAR Portugal!

A Madeira autonomista é pelo Regime democrático, contra este Sistema político-constitucional.

Assim como o PSD nacional não pode deixar à extrema-direita o exclusivo de contestação ao Sistema.

A propósito...

Em 2026, teremos os 50 Anos de Autonomia Política.

Acontecida há cinquenta anos PELA PRIMEIRA VEZ, embora se tente desmerecer as gerações que a conquistaram e fazem, descobrindo ou inventando em tempos anteriores, uns "autonomismos" que a nada chegaram.

Por cá, não poderemos repetir cenas pirosas, partidarizadas e analfabetas como, aliás sem surpresa, o Governo da rua de S. Bento está a desprestigiar o 25 de Abril.

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