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Artigo de Opinião

Conselheiro das Comunidades - África do Sul

9/04/2021 08:01

Com isto estão criadas condições conducentes a situações como as que se verificaram nos últimos dias de março 2021, em Palma. As condições de defesa do país estão comprometidas assim como os altos interesses militares da Nação moçambicana o que é preocupante, porque compromete igualmente as condições de defesa dos países aliados, nomeadamente, a África do Sul. A escassez de ação, isto é, esperar ser atacado para se defender, não é o melhor ideativo. A defesa está a ser esboçada e comandada a partir de Maputo, mas é necessário que a missão no terreno seja atribuída e limitada a oficiais capazes de avaliarem a situação em todas as vertentes para comandarem os seus homens, os soldados moçambicanos, a defender aquilo que é moçambicano, cruzando a fronteira e destruir o inimigo na sua base, na sua casa, na Tanzânia, onde estão alojados, mas nunca permitir que o inimigo se aproxime, e muito menos entrar em casa, e não ter militares que quando deveriam defender o solo moçambicano e as suas gentes, ao invés disso despiram as suas fardas, esconderam as suas armas e debandaram.

Durante a Guerra do Ultramar este país da região dos Grandes Lagos albergou a Frente de Libertação Moçambique (FRELIMO) de onde lançava os seus ataques às populações e tropas portuguesas. Hoje e novamente a albergar terroristas que com as suas ações mortíferas enlutaram Palma e todos os moçambicanos enviando ondas de choque para os países aliados incluindo Portugal e as suas gentes. A indigência gritante que prevalece no seio das populações é um fator que facilita o aliciamento das mesmas e o consequente apoio a terroristas. É certo que a defesa da nação do Índico não pode agora ser negligenciada ou adiada, mas os responsáveis pelo país, organizações internacionais e pessoas de boa fé têm de conjugar esforços para a realização, premente, de um diálogo e políticas de inclusão social para travar toda esta violência e apurar também se os planos de ação dos agentes e executores deste terrorismo, estão escritos em língua árabe, francesa, inglesa dos EUA, ou outra qualquer não excluindo dialetos locais. É bom saber. É expetável e urgente que a breve trecho se possa assistir à formação de uma frente unida com a missão de prevenção e de combate ao terrorismo e onde possam ser delineados os mecanismos para a erradicação de toda a violência que assolou Palma que causou o pânico e a dor a famílias moçambicanas, sul africanas e portuguesas entre outras, e para que a estabilização e a paz voltem a pairar em Moçambique e em toda a região.

Na África do Sul as apreensões multiplicam-se para defesa da democracia ameaçada devido a fatores que criaram uma atmosfera de incertezas a par de todo o perigoso divisionismo que se observa muito devido a um emaranhado de ações do ex-presidente Jacob Zuma nomeadamente uma delas a de ter ignorado a ordem de comparência perante a Comissão Zondo que dirige um inquérito sob as atividades de Zuma, relacionadas com a captura do Estado e também por desobediência ao Tribunal Constitucional as quais são ofensas previstas e puníveis com coima ou prisão que pode ir até dois anos para além da situação inconfortável causada ao sistema judicial sul africano. As implicações de que se podem esperar se Zuma for preso são enormes e se bem que Zuma não tenha feito menção de perturbações civis existe uma fação do seu partido que ameaçou com na disrupção do quotidiano dos sul africanos por aquilo que é um problema interno do partido governamental, assim como já foi solicitado que o Secretário-Geral do ANC deverá assumir a responsabilidade de se afastar das suas funções por estar indiciado em crimes de corrupção tendo-se recusado a fazê-lo, desobedecendo às ordens do Comité Executivo Nacional do seu partido.

Compareceu já em tribunal encontrando-se a aguardar julgamento. Estas duas figuras de proa do partido governamental, têm apoiantes para espoletarem situações caóticas e aterrorizadoras, pondo a democracia sul africana em perigo para defender políticos do seu partido que se pautaram por ações de menos lisura e que acreditam numa versão muito pessoal sobre democracia e a cuja liderança faltou visão de que é mais importante construir um país do que acumular riquezas obscenas para políticos. Se a África do Sul não for suficiente forte para colmatar este problema, consequência de reações de um individual que fatigou já a sociedade inculcando-lhe apreensões e até mesmo o pânico psicológico. É de extrema urgência encontrar uma solução para este caso como também lutar e sobretudo prevenir auto corrupções conscientes, hoje muito em voga mas sobretudo para evitar a todo o custo que a África do Sul se junte e engrosse as fileiras com outros estados africanos que andam na pedincha de forma impertinente e para que todos possamos usufruir de amplas liberdades.

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