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Artigo de Opinião

2/03/2021 08:02

Como já escrevi aqui, mais que uma vez, não me importo o que o António ou Manuel pensam, se concordam ou não, esta é a minha visão do mundo, convido o leitor a participar da mesma, mas se não me acho o dono da verdade, por isso é que normalmente escrevo sobre assuntos que tenho o mínimo conhecimento e tento dar a minha visão sobre os mesmos, ferindo ou não as suscetibilidades.

Como é óbvio, há assuntos mais sensíveis, tudo o que envolva política e clubes desportivos é motivo disso, geram paixões, se bem que no caso da política deveríamos ser cada vez mais racionais, objetivos e prudentes e não gerar ‘paixões’ pelo laranja, cor-de-rosa, azul, vermelho, verde ou amarelo, e deixar isso para outros assuntos.

Hoje falarei de um assunto que me é deveras querido, desde 19/10/1984, para ser exato, o estado de guerra civil do ‘maior das ilhas’.

De um lado temos o atual regime, do outro uma larga franja de sócios que estão descontentes, não só pela prestação da equipa de futebol (não irei falar disso, penso que não é o momento indicado para tal), mas, sobretudo, pelo tratamento que é dados aos mesmos, sentem-se como elementos colocados de parte, como algo descartável. As vozes dos mesmos não se ouvem e é isso que leva a este clima que em nada contribui para o desenvolvimento do clube.

Posto isto, é urgente o clube retomar as origens e para tal, na minha opinião, são essenciais quatro pontos:

- Recuperação da mística verde-rubra: ações de promoção do clube junto dos seus adeptos e simpatizantes. Colocar os adeptos no lugar onde merecem estar, ao lado do clube e não contra o clube. Para isso acontecer é fundamental uma mudança de paradigma da parte da atual direção. Uma maior abertura para receber os sócios, um gabinete especializado para o mesmo, alguém que faça a ponte entre sócios e direção;

- Reformulação do projeto futebolístico: definir a necessidade de três equipas seniores e o retorno que as mesmas dão ao clube, financeiramente e desportivamente. Aposta sustentada na formação, criação de uma identidade maritimista desde das escolinhas, passando por toda a formação, até ao futebol profissional. Dotar o clube de uma estrutura profissional em toda a sua largura, passando pelos mais variados departamentos que são necessários para um clube de futebol funcionar em pleno no século XXI;

- Revitalização das modalidades amadoras: perceber, junto do governo regional, que o Marítimo é Madeira e vice-versa. Dotar de condições e apostar na capacidade formativa de atletas regionais que permitam um ‘abastecimento’ aos conjuntos seniores. Perceber se no caso de andebol e basquetebol faz sentido trabalhar em função de outros conjuntos, ou se a independência das mesmas modalidades não será o melhor para o clube;

- Investimento no património: por muito que tenha sido feito, é necessária uma aposta continuada no mesmo. Finalizar o estádio tem de ser o ponto primordial nesta altura e só depois avançar para outros projetos, como a renovação do Estádio Imaculada Conceição, criação de mais campos e unidades de apoio para as modalidades e futebol jovem nos terrenos que o clube tem na Praia Formosa - ou será que esses terrenos não servem para nada? Se não servem, para quê que foram comprados?

Todos os assuntos importantes são para serem discutidos em Assembleia Geral, mas para isso é preciso ser sócio. Para poupar trabalho, sócio 2361.

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