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Artigo de Opinião

Professor

17/01/2021 08:00

Antes disso, há outras discordâncias. Temas e posições fora da caixa convencional. Sobre a pandemia, as medidas do governo, o comportamento dos cidadãos. Depois, a crise, o trabalho precário, a praga dos recibos verdes e as virtudes do teletrabalho. Tudo na esfera da política, é claro.

A coisa vai aquecendo com os Estados Unidos, Trump, o "black lives matter", a crise dos refugiados e os emigrantes. Não há entendimento sobre como nos devemos referir ao homem negro. Ou melhor, se as palavras, em si, têm alguma carga racista ou se o racismo não tem a ver com o vocábulo escolhido, mas sim com a intenção de ofender, com a atitude no ato de comunicação. Ganha força a ideia de que as palavras, quaisquer que sejam, são inocentes. O racismo está no comportamento, na atitude comunicativa, nos sentimentos expostos ou reprimidos. E já ninguém sabe, ao certo, se é racista ou qual é o limite entre ser ou não ser. Depende de quem avalia. Pelo prisma ditatorial da moda atual, estamos todos, ou quase todos, na lista negra.

Às vezes antes, outras vezes depois, vem a discussão sobre sexualidade. Hetero, homo, bi, trans, etc. Coisa pacífica. Salvo nos excessos dos movimentos organizados que nos querem impor uma novilíngua sobre o género das palavras, querendo inventar um novo "elo" para quando ele já é ela, quando ela não quer ser ela e ele recusa a ser um ele. Confuso. Divertido. Hilariante. Denso. Sério.

Mas, no momento que corre, o prato forte são as presidenciais. A assombração de Ventura e do Chega, nesta campanha. Ninguém fica indiferente. Há quem apoie por querer derrubar a mentira institucionalizada dos tabus que a esquerda radical, com a complacência do PS, impôs ao País nascido de Abril. Há quem defenda que essa esquerda, que bloqueia o País há décadas, está a ser obrigada a fazer um ato de contrição por ter apelidado de fascistas todos os que brilhavam à sua direita, a quem, curiosamente, agora faz um forte apelo para expulsar a direita radical. Quem diria!

Há ainda quem, contra a corrente, não se entusiasme com Marcelo. Porque a sua direita fofinha, do social e da Igreja, que até convive bem com o status-quo, nada consegue fazer para expurgar o País das maleitas políticas e mediáticas dominantes no retângulo, nem dos interesses corporativos aí enraizados. Além do estilo exagerado, populista, omnipresente.

Há até quem tenha descoberto Mayan. A grande e refrescante novidade. Quem se entusiasme com a Iniciativa Liberal. Quem não se queira ver afogado em impostos, num Estado asfixiante, onde o interesse coletivo é a única coisa que interessa. Onde o Estado, com primazia para os que dominam os seus órgãos, tudo dirige e tudo controla, mesmo quando não percebe nada do assunto e com resultados desastrosos que nos colocam cada vez mais na cauda da Europa e, de vez em quando, na falência.

Há, por fim, quem queira prolongar a conversa, mas, como vai ficando tarde, o resto fica para o dia seguinte.

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