Confiamos em Ti, Claúdia!

Conheci a Claúdia Monteiro Aguiar ainda pequenina, pela mão do Seu saudoso Pai, um Homem de convições acima do partidarismo, que foi governante, insigne Deputado e Sindicalista brilhante.

Soube transmitir Princípios e Conhecimento à Filha. Acrescidos de uma educação apontada à Cultura e à Humildade, pois era e é sempre bom ver e ouvir a Claúdia tocar no Grupo de S. Roque, uma das orquestras de cordas mais notáveis na Europa, ainda há pouco tempo levada a Bruxelas pela nossa Eurodeputada.

Na Juventude Social Democrata, logo a Claúdia involuntariamente começou a atrair atenções. E digo "involuntariamente", porque a Cláudia foi sempre discreta, nunca se pôs em bicos dos pés e fugiu de tudo quanto parecesse exibicionismo, socialite ou pretender dar ordens. Pelo contrário, participava o mais anonimamente que podia nas iniciativas dos variados grupos formados no seio da nossa comunidade, desde o Carnaval e a Festa da Flôr, até ao voluntariado e ao associativismo de solidariedade.

Apesar do Seu pouco tempo na Assembleia da República, logo aí demonstrou as inequívocas qualidades que me levaram a pedir-Lhe que aceitasse "transferir-se" para o Parlamento Europeu, até porque eu observara como, na JSD, com facilidade, apreendia e depois dominava as grandes questões europeias, bem como a inserção nestas dos problemas e dos objectivos da ultraperiférica Região Autónoma da Madeira.

Cumpriu e muito bem o seu primeiro mandato, sempre no seu estilo de simplicidade e de discrição, mas dando na vista pela bagagem, pela convição e pela persistência como tratava os assuntos de Portugal, nomeadamente as grandes questões da Madeira e da insularidade, particularmente nas questões do Mar, dos Transportes, do Turismo, da Emigração, da Zona Franca, na Defesa dos Direitos do Povo Madeirense em tudo o que nos pretendiam "passar o trapo" sobretudo por desinteresse de Lisboa.

Seguiu à risca a cultura político-partidária do PSD/Madeira: primeiro a Madeira, só depois o PSD.

Dentro do PSD/Madeira, para além de em todas as ocasiões ter sabido ensinar a outros que a Lealdade não se vende, nunca pactuou com tartufos, firmeza de carácter que merece o consenso indiscutível que reúne à Sua volta.

É o perfil de que a Madeira deve continuar a beneficiar no Parlamento Europeu. Onde, lamentavelmente, uma megera política socialista, no mais saloio exibicionismo pequeno-burguês, vem pondo em causa a Economia da Madeira, mormente o seu Centro Internacional de Negócios e alguns milhares de postos de trabalho.

Mas os Leitores ainda vão ver o ridículo masoquista de alguns "madeirenses" votarem em quem comprovadamente agiu contra nós!...

Aliás, espelho daquilo que é hoje a República Portuguesa, onde os altos titulares de cargos no Estado, não resolvem problemas de fundo, derramam os pesados impostos que caiem sobre os Portugueses numa compra dos votos a quem não quer ou não gosta de trabalhar, só pensam nas suas reeleições mesmo à custa do empobrecimento da classe média. O facilitismo suicida, a incompetência e a instabilidade social e nos Serviços Públicos são hoje a imagem de marca da República Portuguesa.

E então a Madeira, está enjeitada por esta gente que não são Estadistas, vivem para o sorriso fácil e para a fotografia.

Mas, sem alardes, havemos de encontrar um caminho de Liberdade.

Acresce que a minha confiança na experiência da Claúdia - ao contrário de outras partidárias escolhas afectivas do conhecimento geral, e que são de gargalhada - reside precisamente em a União Europeia também se encontrar num impasse, mercê de ser generalizada na Europa a mediocridade que se apossou da sua classe política, principalmente a partir do início do século actual. E de que o engraçadíssimo e quase sempre alegre, Sr. Junker, é exemplo.

É preciso salvar a União Europeia, contra os radicalismos. É necessário não fracionar a solidariedade entre os Países-Membros, só para embarcar em demagogias baratas, destruidoras da Cultura e da Civilização europeias, algumas até tendo a ver debochadamente com "causas fracturantes".

É inadiável concretizar a Coesão Social e a Coesão Territorial, não se ficando só pela Coesão Económica.

A solidariedade social entre todos os Europeus, com inclusive disciplina e unificação de meios financeiros, fiscais e de segurança social, numa construção federalista e político-internamente descentralizada. A aproximação dos PIB "per capita" em todo o território da União.

Por todas estas Causas sei a Claúdia Monteiro de Aguiar ser uma lutadora convicta e determinada, como bem o demonstrou no Seu primeiro mandato e no global de todo o Seu tempo de vida pública.

Confiamos em Ti, Claúdia.

QUANDO A VERDADE VEM AO DE CIMA

​Post-scriptum - O reconhecimento unânime da forma excelente como funcionaram os Serviços de Saúde e de Socorrismo, quando do triste desastre no Caniço. Sobretudo tal reconhecimento fora das acanhadas fronteiras da "paróquia".

Constituíram uma "bofetada de luva" nos responsáveis pelas cansativas campanhas, de há muitos meses para cá, contra os referidos Serviços madeirenses.

E quanto a Frau Merkel, a Senhora agora perceberá que sem as infrastruturas que ela criticou, "soprada" pela Lisboa Passos/Portas, não teriam existido a prontidão e a eficiência dos recursos utilizados.