“Coisas” do chato do Alberto João
Há uma falta de consciência sobre as derrapagens que a vida colectiva está a sofrer na Europa, em Portugal, na Madeira.
O que devia preocupar quem tem filhos e netos.
O Relativismo mergulhou a União Europeia num vazio de Valores, de Pilares, de Referências.
Nalguns países agravado pelos respectivos sistemas educativos, os quais trouxeram a superficialidade, a menorização do técnico-científico, o facilitismo.
Só estes dois problemas mencionados, reduziram a capacidade competitiva europeia ante os Estados Unidos e o Canadá, a Rússia, a China, o Japão e as chamadas “economias emergentes”, nomeadamente as do bloco asiático.
A civilização europeia fenece por causa de certa visões demagogas, líricas e economicistas que defendem a superficialidade e o facilitismo como única maneira de, na aprendizagem, suprir as diferenças de preparação entre os filhos das classes médias e das mais favorecidas, e os filhos dos mais economicamente desfavorecidos!...
Comparada aos outros blocos referidos, a Europa sacrificou a Ética e adoptou as famigeradas “causas fracturantes”. Estas, autênticas vigarices, animalismo e chantagem de minorias ante a apatia de maiorias consumistas e emburguesadas. Um cãozinho passou a valer mais do que uma vida humana. Argumentos néscios são pretextos para boicotar o crescimento económico-social nas Democracias europeias. E seria mesmo pornográfico escrever aqui o motivo porque alguns europeus querem imigração à balda, sem as distinções que acautelam verdadeiramente os Direitos Humanos de TODOS.
No parlamentarismo à europeia, a partidarite não só abdicou dos Valores, Pilares e Referências, como das próprias Seguranças Nacionais, pretendendo que sejam os norte-americanos a pagar tudo, enquanto se gasta o dinheiro na compra de votos.
Assim, nesta União Europeia sem coragem nem força anímica para dar os necessários passos em frente - por exemplo, o Federalismo e o alargamento aos Urais - tudo definha a começar pela Ética, pela Ciência e pela Economia. A Europa vai a caminho de se tornar num Parque Temático para o mundo visitar o que resta do passado, transformada numa estância de turismo e numa enorme casa de caridade onde ninguém conseguirá se entender.
Perder-se-á o Estado Social e ressuscitarão ainda mais fortes os extremismos de “direita” e de “esquerda”.
Fatalmente, tudo isto continuará a se estender a Portugal, Madeira inclusive. Daí a política portuguesa, hoje, uma enorme burla.
A comunicação social tradicional, infelizmente mais desacreditada e vulnerabilizada pelo caótico e massificado das novas tecnologias, vende o País estar numa “maravilha”. Enquanto, a incompetência alastra no que mexe o quotidiano de TODOS e de CADA UM dos Portugueses. O Estado, vergonhosamente partidarizado, falha por todo o lado, sustentado nos sorrisos inoportunos e inestéticos do Primeiro-Ministro.
O Banco de Portugal, tal como nos passados recentes, assobia para o lado ante a alarvice das enormes quantidades de crédito de novo concedidas para mero consumismo! Claro que, com a diferença entre as taxas de juro de financiamento externo e as que aplica internamente, a Banca voltou ao forrobodó irresponsável. Aumenta o crédito malparado, de novo teremos mais uma crise sobre os Portugueses.
Por outro lado, em Portugal, falta a inadiável coragem política para regular especificamente o Direito à greve na Saúde e nos Transportes, bem como no funcionamento das infraestruturas lhes acopladas. Os Portugueses vão morrendo ou piorando no seu estado de saúde. Os Trabalhadores são directa ou indirectamente onerados todos os dias no seu parco rendimento pessoal, pela indisciplina generalizada em tudo o que relacionado com Transportes.
O PAÍS PRECISA DE SER METIDO NA ORDEM.
É bom que saibam que, ciclicamente na História, a desordem acarreta o fim das Democracias, dos Direitos Humanos Fundamentais. E vejam o que se desenha na Europa.
A Madeira está à mercê do que acontece no seu exterior, sobretudo por causa da reduzida Autonomia que o colonialismo nos consente.
Por cá e com muita gente distraída, vai-se estabelecendo perigosamente um novo sistema de vida, estilo revolução bolivariana como em Venezuela.
É já o calote nas rendas sociais das casas da Região Autónoma, o que não tem desculpa porque o seu montante é uma pequena percentagem do rendimento familiar em cada momento.
São as cestinhas do mercado, semanais, para a clientela eleitoral.
É fuga aos impostos.
É o crédito mal-parado, destinado a fantasias consumistas irresponsáveis.
Na mesma casa onde ninguém trabalha, somam-se subsídios disto e daquilo.
Acresce uma série de bens à borla, tudo pago com os impostos de quem os cumpre, nomeadamente pequenos arranjos nos domicílios da clientela política.
Assim, compreende-se o dinheiro disponível para gastar na inflação de “semanas gastronómicas”, eventos “pimba”, festas “metálicas”!
Tudo muito rafeirinho para não queimar o que subsista de neurónios!...
INVESTIMENTOS, TRABALHAR, CRIAR POSTOS DE TRABALHO, MAIS DESENVOLVIMENTO, RESPEITAR OS DIREITOS DE TODOS E DE CADA UM, COERÊNCIA E DISCIPLINA CÍVICA, RESISTÊNCIA AO COLONIALISMO, tudo isto em vez do “fado do desgraçadinho”...
Ah! Isso eram coisas do chato do Alberto João!...
De louvar
Post-Scriptum 1 - De louvar a iniciativa de um grupo de Cidadãos de S. Jorge. Independentemente das suas legítimas diferenças pessoais, uniram-se num congresso que PENSOU e SONHOU a respectiva Freguesia aos âmbitos mais importantes.
Tudo correu bem, com elevação e já com sequências projectadas.
É com satisfação que se vê os líderes locais optimizar a generalização da Educação, da Cultura e da informação, bem como as infraestruturas, tudo no seu devido tempo estratégia da Autonomia Política então conquistada.
Parabéns!
A PROPÓSITO DE UMA ENTREVISTA
Post-Scriptum 2 - Pessoalmente, devo ao Dr. Paulo Cafôfo receptividade às questões que, como cidadão, apresentei à Câmara Municipal do Funchal, bem como a delicadeza que sempre teve para comigo. Era injusto não começar por dizê-lo.
Mas uma coisa são estas práticas éticas, outra coisa é o meu posicionamento autonomista ante a ameaça que pende sobre a Autonomia e a ideologia Social-Democrata.
Continuamos sem os candidatos ao Governo Regional esclarecerem o MAIS IMPORTANTE PARA O POVO DA MADEIRA: Ideologia da governação; mais Autonomia Política; responsabilidade histórica do Estado ante a dívida pública regional; cumprimento pelo Estado dos Princípios da Continuidade Territorial e da Subsidiariedade, do respeito pelo nosso domínio público, e das suas responsabilidades financeiras constitucionais nos domínios Saúde e Educação; apoio às pretensões da Madeira nos órgãos da UE.
É que o investimento inadiável da Região em Saúde e Educação, foi superior ao montante financeiro que o colonialismo chama de “dívida da Madeira”.
Ora, a ideia divulgada pelo candidato do poder de Lisboa, de que estas matérias não seriam o mais importante e de que se trata apenas de estratégia partidária, SERVE PARA ENGANAR O POVO MADEIRENSE E SUBORDINAR-NOS ATRAVÉS DO ESMORECIMENTO DOS DIREITOS CONQUISTADOS, BEM COMO AMORDAÇAR-NOS NAS NOSSAS REIVINDICAÇÕES DEMOCRATICAMENTE LEGÍTIMAS.
Quem me conhece, sabe que sempre fui pelo Ensino totalmente gratuito, embora então vivendo outras prioridades e sem dinheiro. Não poderão negar aos meus Governos a generalização do ensino conseguida a todos os níveis, e respectivas infrastruturas.
Isto é diferente do que vir agora ousar defender um sistema educativo que é péssimo. Como não pode servir de manobra para, conforme os sindicatos comunistas, lesar o ENSINO PRIVADO, inclusive o RELIGIOSO, anti-democraticamente não lhe estendendo tal gratuitidade. Ou ser mais uma manobra para não exigir à República Portuguesa que cumpra as suas obrigações constitucionais.
De resto, continuarei a não entrar nas vulgaridades e nas mediocridades que vêm fazendo pirosa a actual paroquialidade em que se afundou a política madeirense.
Porém, mais quatro pontos.
Primeiro. Esclareço o candidato do Dr. António Costa, que não fui “recuperado” para o Chão da Lagoa. Não sou boneco seja de quem fôr, no Funchal ou em Lisboa. Vou, ou não vou, conforme eu entenda.
Segundo, a Oposição madeirense sempre recebeu pancadinhas nas costas, pelas ruas. Depois ficava surpreendida com os resultados eleitorais!...
Terceiro, quem deveria andar em cima disto tudo, não seria eu, mas a direcção do PSD/Madeira ou a Oposição na Câmara do Funchal, dada a progressiva degradação do Município, de que a Opinião Pública se vem queixando. Por exemplo e entre outras muitas, a Ponte Nova foi uma barracada política inútil; o Bom Jesus agravou a acessibilidade à segunda maior Escola e ao maior Centro de Saúde, no Funchal, com paralelepípedos que aumentam os custos de manutenção do solo e danificam mais as viaturas; uma cidade que se estende EM ALTURA, não devia cair no provincianismo de imitar as cidades gigantescas e planas que podem vedar acessos aos automóveis, sem prejuízo para os cidadãos; os “planos” e as “estratégias”, quase mais do mesmo, são chachadas quando complicam o Desenvolvimento harmónico e sustentado.
Quarto, não percebo a situação da Câmara anterior ser pior do que a de agora, quando então o diário hoje condecoradamente recompensado pelo actual e devotado apoio, nessa época dizia que a Autarquia estava uma maravilha!... E convenhamos que a primeira “maioria” se deveu à “troika” e a parte do PSD “renovadinha e inteligentemente” ter votado Cafôfo, a segunda ao “ajuste de contas” dos anteriormente traídos.
Espero que todos já tenham ganho juízo.
ESCLARECIMENTO
Post-Scriptum 3 - Ao contrário do algures noticiado, não assumi qualquer compromisso.
A minha intervenção político-partidária activa acabou.
Limito-me à participação de cidadania.