Situação de perigo em zona sinalizada impede passagem de viaturas. Mas os passageiros dos autocarros são 'obrigados' a passar a pé.
Pequenas derrocadas e pedras isoladas voltaram a fechar, hoje, o trânsito automóvel na zona alta da freguesia de São Roque do Faial, concelho de Santana.
O local - entre a Fajã do Cedro Gordo e o Cabouco - já está identificado pelas autoridades regionais como zona de perigo a intervencionar depois de concluído o troço seguinte, entre o Lombo de Cima e as Cruzinhas.
Porém, este fim de semana e hoje mesmo voltou a cair algum material para a estrada. Numa primeira intervenção foram afastadas as pedras e o trânsito ficou normalizado. Mas, mais tarde, foram colocadas barreiras, quer na Fajã do Cedro Gordo, quer na zona do Cabouco.
Esse encerramento impediu já a passagem de autocarros e de outras viaturas, nomeadamente dos residentes naquela pequena localidade.
Em virtude dessa decisão em nome da segurança, os moradores que estejam na zona do Cabouco ficam com duas opções: ou descem São Roque do Faial até aos Moinhos e sobem o Faial todo pelo Lombo Galego até às Cruzinhas - o que representa mais de 10 quilómetros para um percurso que era de apenas um quilómetro - ou fazem esse troço a pé. Com o perigo que essa passagem representa.
Ao JM, os moradores estranham a opção, tomada pela Horários do Funchal, empresa que assegura os transportes públicos. Isto porque os autocarros deixam os moradores a cerca de um quilómetro de casa e seguem o seu caminho. Nesse caso, os moradores ficam 'obrigados' a fazer a pé o percurso que está vedado aos automóveis justamente por razões de segurança.
Entretanto, moradores na Fajã do Cedro Gordo mostram-se supreendidos com a atitude de alguns automobilistas que afastam as barreiras e passam na mesma. Apontam o caso de funcionários de uma empresa de construção civil com obras noutro troço da estrada.
O trânsito deverá continuar condicionado provavelmente até amanhã à tarde, uma vez que só esta terça-feira é que é esperada a presença de rocheiros para soltar as pedras em perigo.
Miguel Silva