Ainda não há sinais do paradeiro de José Mário Gonçalves, de 83 anos, que se encontra desparecido desde a manhã de sábado, no Caniço. Volvidos dois dias de buscas, a família já espera o pior, especialmente depois de ter recebido por parte de um vizinho a informação de que o homem disse, no sábado, que ia às lapas.
"Um vizinho disse-nos que o viu no sábado a descer para o mar na Travessa do Portinho, numa vereda que vai dar à praia e que ele levava um saco. Eles chegaram a falar. O meu avô disse que ia às lapas", informou ao JM Mara Gonçalves, neta do desaparecido, a qual afirma que há três anos que ele já não ia às lapas.
"Esse vizinho disse-lhe ‘o senhor Mário vai para onde a esta hora?’ e o meu avô disse que ia às lapas. O vizinho disse que a maré estava a subir e que com a idade dele já não devia ir, mas o meu avô disse que ia lá num instante e que já vinha para cima e desde então mais ninguém o viu", relatou, reconhecendo que, neste momento, já teme o pior.
"O mar estava mau nesse dia, as forças dele já não eram muitas…", nota, referindo que, ontem, amigos, familiares e vizinhos, acompanhados pela PSP, andaram nas rochas à procura de José Mário Gonçalves, no local onde tinha dito ao vizinho que ia. No entanto, as buscas voltaram a ser infrutíferas.
Recorde-se que, tal como noticiou ontem o JM, o homem fazia uma vida completamente autónoma e nunca deu sinais de que um episódio destes pudesse suceder. O telemóvel deste homem ficou em casa, sendo que a sua neta assume que o avô levou consigo carteira e documentação. Mara Gonçalves explicou não ter conhecimento da roupa exata e cor que o avô vestia no dia de ontem, mas deixou-nos a descrição de um homem alto, de cabelo branco.
Qualquer informação sobre o paradeiro do desaparecido deverá ser comunicada a uma esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) ou ao número 92678630.
Bruna Nóbrega