Emanuel Câmara: PS-M está "organizado" para realizar o "sonho" da "alternância democrática"

Alberto Pita, em Leiria

Emanuel Câmara diz que o PS-Madeira chega ao 22.º Congresso Nacional “organizado”, com as “bases sustentadas” e focado no “sonho de muitos madeirenses” de protagonizar a “alternância democrática” na Madeira em 2019.

Em declarações ao JM antes de intervir no congresso ao final do dia, o presidente do PS-M destacou o trabalho interno que está em curso e que pretende espalhar a influência socialista por toda a Região, criando secções nas 54 freguesias. Atualmente, tem apenas 21 coordenadores, além dos 11 presidentes de concelhia.

“Queremos estar presentes em todas as freguesias da Região Autónoma da Madeira”, assumiu. “Qualquer partido que queira assumir o poder tem de ter a sua base sustentada” e “foi isso que falhou no passado”, apontou. “Não podíamos viver de vedetismos deste ou daquele, protagonizados por esta ou aquela situação”, acrescentou, defendendo que agora o trabalho tem de ser feito de “forma concertada, organizada e objetiva”.

Com esse trabalho nas bases controlado, “agora está na altura de dar o salto” e avançar para uma “grande coligação com a sociedade madeirense”, indicou.

“Essa coligação passa por um trabalho que também já está pensado, que são os nossos estados gerais, que já começam a 9 de julho”, e que o PS espera que levem à concretização do “sonho” da alternância do poder na Madeira.

Para Emanuel Câmara, a presença de Paulo Cafôfo no congresso socialista, a convite do secretário-geral António Costa, “é a demonstração clara e inequívoca de que há um trabalho que está a ser feito de ligação entre as diferentes estruturas” não só ao nível regional, mas também na ligação com a dimensão nacional do partido.

“Ninguém pense que sozinho consegue alguma coisa. A estrutura regional precisa da estrutura nacional como a estrutura nacional precisa das estruturas regionais e das federações espalhadas pelo país todo”, justificou.

O líder dos socialistas madeirenses insiste que a presença de Paulo Cafôfo “tem de ser encarada com toda a normalidade, porque toda a gente sabe que quando fui candidato ao PS-M, tinha já um candidato para presidente do Governo Regional, que era o Paulo Cafôfo”, e “que seria um erro histórico não capitalizar as [suas] mais-valias”.

Ao facto de ser um candidato não militante do PS, Emanuel Câmara responde que “toda a gente sabe que é uma pessoa que está já na nossa família, na família socialista, e se assim não fosse, não estaria aqui cá hoje”.

O presidente do PS-M vincou ainda que o objetivo do partido “não é o poder pelo poder”, mas estar “organizado para concretizar a alternância democrática, com políticas sustentadas”, algumas das quais deverão ser a apresentadas por Paulo Cafôfo na sua intervenção, prevista para hoje depois das 18h30, logo após a do próprio Emanuel Câmara.