Portugal apresenta dinâmica de redução da pobreza e das desigualdades

O ministro da Solidariedade defendeu hoje que os mais recentes dados oficiais demonstram que está em curso em Portugal uma "dinâmica" de redução das desigualdades sociais, com descida da taxa de pobreza, sobretudo de jovens e idosos.

Vieira da Silva falava no final do Conselho de Ministros, onde apresentou uma exposição na sequência da divulgação de dados oficiais sobre rendimentos e condições de vida, no âmbito do modelo europeu de combate às desigualdades.

Este conjunto de indicadores agora divulgados, segundo o membro do executivo, "demonstram uma dinâmica no sentido da correção das desigualdades, com uma diminuição da distância entre os mais ricos e os mais pobres em Portugal".

"Mas, sabemos que as desigualdades são ainda muito pesadas e que há ainda muito por fazer", ressalvou logo a seguir Vieira da Silva.

Perante os jornalistas, o ministro da Solidariedade começou por referir que os dados relativos a rendimentos agora divulgados têm como ano de referência 2016, "o primeiro ano de exercício completo do atual Governo", enquanto os dados de natureza não monetária referem-se a 2017, "o que permite aferir o impacto de políticas dos últimos dois anos".

"Há uma redução de 0,7 pontos percentuais da taxa de pobreza em Portugal, que é a descida mais significativa desde o período 2007/2008 e que se fez sentir sobretudo nos mais jovens. Embora Portugal mantenha ainda níveis de pobreza em vários setores, mesmo assim estes dados são encorajadores, porque registaram-se também melhorias significativas em 2016 no que respeita à pobreza dos idosos", disse.

De acordo com o membro do Governo, nesta matéria social, "há a consciência" da parte do executivo que, quer no que toca a dados sobre pobreza, quer no que respeita a dados sobre desigualdades, embora se registe uma evolução geral positiva, "é ainda uma situação que requer um elevado esforço coletivo em termos de melhorias salariais e das políticas sociais".

"É preciso progredirmos mais e mais rapidamente", frisou.

No que se refere aos dados já conhecidos de 2017 em matéria de combate às desigualdades, o ministro da Solidariedade classificou-os como "ainda mais positivos".

"A chamada taxa de privação - relativa ao número de portugueses que se encontra a viver em dificuldades severas - diminuiu significativamente em 2017 face a 2016 e 2015", apontou.

Esta evolução, segundo a perspetiva de Vieira da Silva, "quer dizer que, quando a estes indicadores forem aplicados todo o conjunto de mudanças que se produziram ao longo deste ano, seguramente, se registará uma melhoria ainda mais significativa dos indicadores sociais do país".