MADEIRA Meteorologia

Defesa de militares do Mondego diz que processo disciplinar foi "ferido de morte"

JM-Madeira

JM-Madeira

Data de publicação
20 Março 2023
10:56

A defesa dos 13 militares que se recusaram a embarcar no NRP Mondego considerou hoje que o processo disciplinar na Marinha está "ferido de morte", acusando o chefe do Estado-Maior da Armada de uma atitude "prepotente e discriminatória".

"Quando a autoridade de recurso, em termos disciplinares, toma publicamente uma posição, evidentemente (…) esse processo disciplinar está ferido de morte, porque nenhum oficial da Marinha se vai atrever a contrariar, nas suas conclusões desse processo disciplinar, as conclusões que o senhor almirante já avançou", disse, o advogado Garcia Pereira, que representa os 13 militares.

À entrada para as instalações da Polícia Judiciária Militar em Lisboa, próximo do edifício sede do ministério da Defesa, Garcia Pereira criticou a posição pública assumida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Gouveia e Melo, sobre o caso Mondego, e destacou que existe em Portugal o "princípio da presunção da inocência", afirmando que "as coisas tem de ser feitas com regras".

Para o advogado dos 13 militares, que começaram hoje a ser ouvidos pela PJM, "é intolerável" que "homens que se orgulham da farda que envergam, que têm uma folha de serviços distintos" e que tiveram "um louvor rasgado" devido à sua dedicação ao serviço, tenham sido "tratados de forma miserável, com uma atitude prepotente, discriminatória, vexatória e humilhante pelo responsável máximo da Marinha".

"Isso não passa em claro e ao menos os advogados têm não só o direito como o dever de não pôr o joelho em terra perante violações da lei e da Constituição como essa", vincou.

Os 13 militares que se recusaram a embarcar no navio Mondego, alegando falta de segurança, estão hoje a ser ouvidos pela PJM, em Lisboa, no âmbito de inquérito criminal após participação feita pela Marinha.

Os 13 militares serão ouvidos nas instalações da PJM, no Restelo, Lisboa, repartidos pelo período da manhã (10:00) e da tarde (14:00).

A acompanhar os militares estarão os advogados Paulo Graça e Garcia Pereira, numa altura em que já foi tornado público que a defesa contesta a versão dos acontecimentos difundida pela Marinha e alega que houve "indícios de prova que foram apagados".

Lusa

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
11/04/2024 08:00

A finitude da vida é um tema que nos confronta com a essência da nossa existência, levando-nos a refletir sobre o significado e o propósito da nossa passagem...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda com a mudança regular da hora duas vezes por ano?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas