O comandante dos Comandos do Cursos 127, que acabou por provocar duas mortes a dois militares, entre eles o madeirense Hugo Abreu, está a ser acusado de falsificação de documentos militares, após o acidente da "Prova Zero".
A TVI avançou, no noticiário de uma desta sexta-feira, que o Comandante dos Comandos do curso 127, onde morreu o militar madeirense Hugo Abreu, vai ser julgado por falsificação de documentos, neste caso do "Guião da Prova Zero". Segundo a acusação do MP, este último documento terá sido forjado após as mortes dos militares que integravam o curso dos Comandos, há quase sete anos. Foi Carlos Alexandre que pronunciou o antigo comandante, Dores Moreira, e o seu adjunto, ambos por falsificação de documentos. Ao que tudo indica, perícias informáticas e oito testemunhas revelaram ao MP que o documento terá sido forjado depois dos acidentes que vitimaram os dois militares, entre eles o madeirense Hugo Abreu, e feriu ainda outros cinco soldados.
Recorde-se que, na altura do julgamento, apenas três dos 19 militares foram condenados a penas suspensas pela morte de dois comandos na instrução. Juíza diz que em tribunal civil a decisão tinha sido outra.
O 127º curso de Comandos tinha 67 instruendos e na madrugada de 4 de setembro de 2016, os militares foram levados para o Campo de Tiro de Alcochete e divididos em quatro grupos para dar início à "Prova Zero", que mais não é um circuito militar para testar os limites do corpo e da mente dos militares concorrentes aos comandos e acabar por eliminar aqueles que não conseguem superar.
Paulo Graça