O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, a sua demissão.
A decisão surge um dia depois de o Ministério Público ter acusado de homicídio por negligência o condutor do carro do Ministério da Administração Interna que, a 18 de junho de 2021, atropelou mortalmente um trabalhador na A6, entre Estremoz e Évora.
Recorde-se que no momento do acidente, Eduardo Cabrita seguia no banco de trás e, já esta sexta-feira, sublinhara ser apenas o "passageiro", recusado "qualquer aproveitamento político de uma tragédia pessoal".
Segundo a acusação, o automóvel seguia, sem estar em marcha de urgência, a 163 km/h, mais de 40 km/h acima do limite legal. Marco Pontes, de 43 anos, foi o único acusado e responderá ainda por duas contraordenações rodoviárias.
"É o Estado de direito a funcionar, temos de confiar no Estado de Direito, ninguém está acima da lei e é exatamente neste quadro que todo o esclarecimento dos factos deverá ser efetuado", defendera, ao início da tarde, o ministro da Administração Interna.
Daniel Faria