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Cabos submarinos Equiano e EllaLink com impacto económico em Portugal até 500 ME por ano

JM-Madeira

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Data de publicação
28 Maio 2021
9:05

Os cabos submarinos Equiano, financiado pela Google, em conjunto com o cabo EllaLink, que tem financiamento privado, "têm um impacto económico potencial de longo prazo de até 500 milhões de euros a mais" por ano na economia portugesa.

Esta informação consta do relatório da Copenhagen Economics, encomendado pela Google, que foi hoje divulgado.

"Os dois cabos, que serão implementados no espaço de um ano, têm um impacto económico potencial de longo prazo de até 500 milhões de euros a mais por ano no PIB [produto interno bruto] português, um impacto associado às melhorias da infraestrutura digital, fruto dos próximos cabos que serão implementados em 2021 (EllaLink) e 2022 (Equiano)", refere.

O estudo levou em consideração os dois cabos "para perceber o impacto na economia e mostra que Portugal tem uma oportunidade única de desenvolver a sua indústria de tecnologias de informação e comunicação (TIC) com os novos cabos submarinos de grande escala que vão chegar a Portugal".

Estima-se que as duas infraestruturas de comunicação "permitam o desenvolvimento de novos negócios, investimentos mais eficientes e melhorias no comércio e nos negócios que, por sua vez, levam a uma maior produtividade, novas oportunidades económicas e mais crescimento económico", lê-se no comunicado.

Segundo o estudo, "as empresas portuguesas que já têm negócios com os países africanos ganham a oportunidade para reforçar as exportações e outras poderão ter aqui oportunidades para explorar levando a um aumento das trocas comerciais entre Portugal e os países africanos, em igualdade de condições".

Melhorias nos cabos submarinos podem aumentar as exportações em países com maiores e menores rendimentos e "são uma oportunidade importante para as PME [pequenas e médias empresas], uma vez que as barreiras à entrada e à expansão em mercados conectados são reduzidas", de acordo om o estudo da Copenhagen Economics.

Relativamente ao Equiano, da Google, espera-se que "tenha um impacto positivo no investimento estrangeiro, permitindo que Portugal seja ainda mais um local de investimento atrativo enquanto porta digital para África".

Infraestruturas de conectividade, como os cabos submarinos, "só podem proporcionar todo o benefício económico para as atividades 'online' de empresas e consumidores quando há boas condições para o comércio digital, cadeias de valor internacionais, incluindo quadros legais eficientes que permitem um fluxo de dados transfronteiriços a que todas as empresas podem aceder", salienta o diretor da Copenhagen Economics, Bruno Basalisco, citado no comunicado.

"Podemos pensar no cabo submarino Equiano como uma nova autoestrada intercontinental de última geração com 12 vias e com financiamento privado beneficiando os utilizadores da Google, mas também pronta para ser usada por vários parceiros operacionais de telecomunicações para apoiar todos os tipos de utilizadores finais 'online' - não apenas da Google", acrescentou.

A pandemia de covid-19 demonstrou que "há uma necessidade de que as infraestruturas de conectividade sejam adaptáveis e resilientes às mudanças nas necessidades sociais em evolução para que o uso da Internet e a transformação digital possam continuar a evoluir enquanto mantém os nossos países globalmente conectados da forma mais eficiente", considerou o responsável.

O cabo submarino Equiano começa na Europa Ocidental e percore a costa da África Ocidental - entre Portugal e África do Sul -, com várias ligações ao longo do caminho, começando a operar no próximo ano (2022), permitindo, assim, um acesso mais rápido das empresas europeias ao mercado africano.

Nas fases futuras do projeto, serão construídas novas ramificações ao longo da rota para a África do Sul.

O cabo foi batizado de Equiano em memória de Olaudah Equiano, um jovem escritor nigeriano e abolicionista escravizado quando criança.

O Equiano terá aproximadamente 20 vezes mais capacidade de rede do que o último cabo construído para servir a costa da África Ocidental e será o primeiro cabo submarino a incorporar comutação óptica ao nível da fibra que simplifica a alocação da capacidade da rede e fornece a flexibilidade para adicioná-la ou realocá-la em diferentes regiões, consoante necessário, sendo um dos mais de 15 investimentos em cabos submarinos realizados em todo o mundo pela Google.

Lusa

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