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Médio Oriente: Portugueses repatriados de Israel chegam hoje ao fim da noite

Data de publicação
05 Outubro 2025
14:47

Os portugueses que participaram na Flotilha Global Sumud, detidos desde quinta-feira em Israel, foram repatriados e chegarão ao fim da noite de hoje a Portugal, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma que os quatro cidadãos portugueses, incluindo a deputada Mariana Mortágua, participantes na flotilha, foram repatriados de Israel e que chegarão hoje ao fim da noite a Portugal”, indicou o Palácio das Necessidades, em comunicado.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves estão detidos desde a noite de quarta para quinta-feira passada, quando as forças israelitas intercetaram as cerca de 50 embarcações da Flotilha Global Sumud, que pretendia entregar ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Segundo o ministério tutelado por Paulo Rangel, a embaixadora de Portugal em Telavive, Helena Paiva, esteve hoje no centro de detenção de Ketsiot para se “assegurar do bom desenvolvimento do processo de repatriamento”.

Os portugueses, acrescentou o MNE, serão acompanhados por um diplomata durante todo o percurso.

O ministério não indicou a que horas chegam os quatro ativistas, remetendo essa informação para mais tarde.

Os cidadãos portugueses, juntamente com cerca de 450 ativistas de várias nacionalidades, foram levados pelas autoridades israelitas para um centro de detenção no deserto de Neguev, no sul de Israel.

A embaixadora portuguesa em Telavive, Helena Paiva, visitou os portugueses na sexta-feira, indicando que se encontravam “bem de saúde”, mas que tinham relatado “várias queixas”, que motivaram um protesto imediato da diplomata junto das autoridades israelitas e um protesto do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, junto do embaixador israelita em Lisboa, Oren Rozenblat.

O MNE deu conta de que os ativistas “não foram sujeitos a violência física”, mas a “condições difíceis e duras à chegada ao porto de Ashdod [para onde foram levados após a intervenção israelita em alto mar] e no centro de detenção”, além de terem estado “bastante tempo” sem água e comida.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse esperar que os cidadãos portugueses possam regressar ao país “sem nenhum incidente”, considerando que a mensagem da flotilha humanitária foi transmitida.

Descrevendo-se como “pacífica”, a flotilha afirmou que queria “romper o bloqueio de Gaza” e prestar “ajuda humanitária a uma população sitiada que enfrenta a fome e o genocídio”.

O Governo israelita tem condenado repetidamente iniciativas como a da flotilha, acusando os ativistas de serem apoiados pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, de extrema-direita, visitou os ativistas no porto de Ashdod, chamou-lhes “terroristas” e “apoiantes do terrorismo”, instando o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a mantê-los “durante alguns meses” presos, em vez de proceder à sua deportação.

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