O CDS-PP acusou hoje o Governo de usar moratórias para fingir que lida com os problemas e considerou que as medidas anunciadas para apoiar as famílias com créditos à habitação têm como objetivo "iludir os portugueses".
"O Governo de António Costa especializou-se em vender ilusões aos portugueses. A moda atual socialista é o uso das moratórias para fingir que estão a lidar com os problemas, quando na realidade apenas os estão a adiar sem os conseguir resolver", aponta o partido em comunicado.
O CDS-PP considera que, "ao anunciar o desconto de 30% na taxa de juro, o Governo está a iludir os portugueses".
"Não há qualquer desconto ou qualquer diminuição - os juros serão pagos daqui a dois anos - e o atraso no seu pagamento serve apenas para adiar um problema que já teria sido mitigado se o Governo aceitasse a proposta do CDS-PP de abater no IRS os juros no crédito à habitação, de forma a aliviar os custos crescentes que as famílias portuguesas estão a enfrentar com a compra de habitação", defende.
O partido liderado por Nuno Melo salienta que esta "é uma resposta efetiva e duradoura de apoio aos portugueses que pagam hoje prestações cada vez mais elevadas no crédito à habitação".
Na nota, os centristas defendem igualmente que "os portugueses precisam que sejam tomadas medidas que resolvam as suas dificuldades e não de meros paliativos que servem apenas para iludir e adiar os problemas".
O Conselho de Ministros aprovou hoje medidas sobre o crédito à habitação para ajudar as famílias a mitigar o impacto da subida das taxas de juro, entre elas, uma medida que garante que a taxa de juro não ultrapassa 70% do indexante (Euribor) e outra que alarga de 720 para 800 euros o apoio à bonificação dos juros do crédito à habitação.
O Governo mantém ainda a suspensão da comissão por reembolso antecipado do empréstimo da casa, até ao final de 2024.
Lusa