O partido Chega quer proibir conteúdos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros) no contexto escolar, nomeadamente nos manuais e no conteúdo programático das disciplinas ministradas no ensino público.

O partido, que também se opõe à criação de casas de banho mistas, argumenta que “tais medidas são necessárias de forma a assegurar que as escolas não são transformadas em centros de doutrinação e que os pais, e não o Estado, determinam a educação moral e cultural dos seus filhos.”

“Por culpa da esquerda radical e da fraqueza da falsa direita do PSD e do CDS, as nossas escolas estão a ser transformadas em espaços de formatação, onde todas as aberrações são vistas como aceitáveis e naturais. Não são! E está na hora de acabar com isso e de restaurar a autoridade dos pais nestas matérias”, afirma Francisco Gomes deputado madeirense na Assembleia da República.

De acordo com o Chega, a suposta promoção da agenda LGBT no contexto escolar “tem por fim derrubar os valores morais e os éticos que definem a sociedade, provocando a erosão dos princípios que sustentam a civilização portuguesa”.

Assim, o partido promete combater o que entende ser a “propaganda da ideologia de género, a sua infiltração na sociedade por via do ensino e a insegurança nas casas-de-banho das escolas”, defendendo o papel da família e lutando para que “os pais tenham a única e última palavra no que se refere à educação moral das crianças e dos jovens”.

“O que querem fazer com crianças e jovens é perverso! Podem escolher a casa-de-banho, mas dificilmente terão salários dignos. Podem mudar de sexo, mas não conseguem sair da casa dos pais. São obrigados a saber dezenas de géneros, mas não têm qualquer literacia financeira. Isto é errado e estamos cá para defender a família”, acrescenta ainda Francisco Gomes.