Quarenta e cinco partidos comunistas, excluindo o português PCP, condenaram numa declaração conjunta "os planos" do Governo de Nicolás Maduro "para assaltar e intervir" no Partido Comunista da Venezuela (PCV), divulgou hoje o PCV.
Na declaração, divulgada pelo jornal do PCV Tribuna Popular, os partidos comunistas subscritores "condenam veementemente os planos para assaltar, por meios fraudulentos, a direção política" do PCV, através de "uma intervenção administrativa ilegal (via Conselho Eleitoral Nacional) ou judicial (via Supremo Tribunal de Justiça)".
Tal "configura uma clara, indevida e abusiva ingerência na vida interna do PCV", refere a declaração, assinada pelos participantes, incluindo o PCV, no 22.º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e de Trabalhadores, que decorreu em outubro em Havana, Cuba.
O PCV tem denunciado, em sucessivas ocasiões, as ações do Governo contra o partido, como a desqualificação do seu candidato à repetição das eleições no estado de Barinas - onde nasceu o ex-Presidente Hugo Chávez - e que se realizaram em janeiro de 2022.
As eleições foram repetidas depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter apontado, um mês e meio antes, irregularidades ao ato eleitoral.
Na primeira tentativa para eleger um governador em Barinas, o PCV participou no ato eleitoral de forma normal, mas o seu candidato foi considerado inapto a participar na repetição das eleições.
Lusa