Os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel, assinalaram hoje o Dia da Independência da Ucrânia com uma promessa de apoio pelo "tempo que for necessário" da União Europeia (UE) ao país.
"Caro Presidente [ucraniano] Zelensky, caros cidadãos da Ucrânia, hoje, ao celebrarem o vosso dia da independência, gostaria de vos felicitar calorosamente a todos e a cada um de vós. A força da Ucrânia reside no seu povo, na vossa coragem, na vossa força e na vossa esperança duradoura num futuro de paz e prosperidade numa Europa unida", declarou Ursula von der Leyen, numa mensagem em vídeo publicada na rede social X (anteriormente designada Twitter).
Na mensagem, partilhada a propósito do 32.º aniversário do Dia da Independência, hoje assinalado, a líder do executivo comunitário garantiu ao povo ucraniano que a UE apoiará o país "o tempo que for necessário para que a Ucrânia seja livre".
"Vocês são uma inspiração para todos os europeus", adiantou Ursula von der Leyen.
Também Charles Michel usou a rede social X para publicar uma mensagem em vídeo na qual deu garantias semelhantes: "Caros amigos ucranianos, neste dia tão importante, o dia da vossa independência, a UE está convosco e apoiar-vos-emos durante o tempo que for necessário".
"Vocês são um membro da nossa família europeia e o vosso futuro está connosco. As estrelas da bandeira da UE voarão sobre a vossa nação livre e soberana", concluiu Charles Michel, numa alusão a uma eventual adesão da Ucrânia ao bloco comunitário, após o país ter recebido, há pouco mais de um ano, o estatuto oficial de candidato.
A Ucrânia comemora hoje o Dia da Independência, na mesma data em que se cumprem 18 meses da ofensiva militar da Rússia contra o país, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.
A data, que comemora este ano o 32.º aniversário da independência da Ucrânia - declarada em 24 de agosto de 1991, pouco antes da dissolução formal da União Soviética, de que fazia parte -, é assinalada com restrições e medidas adicionais de segurança um pouco por todo o país, devido ao receio de mais ataques russos, que têm vindo a intensificar-se nas últimas semanas.
Perante este perigo, o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitchko, proibiu todos os eventos de grande dimensão para assinalar o Dia da Independência, apelando à prudência e pedindo à população da capital ucraniana para "não ignorar os alertas da defesa aérea".
A efeméride será assinalada em outras cidades europeias, como é caso de Lisboa, com a realização de um desfile e a inauguração de uma exposição fotográfica dedicada às crianças ucranianas, e de Varsóvia e Amesterdão, onde estão agendadas manifestações.
A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Lusa