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Ucrânia: Moscovo acusa Kiev e o Ocidente de boicotar iniciativas de paz

JM-Madeira

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Data de publicação
26 Abril 2023
15:31

A Rússia acusou hoje a Ucrânia de "boicotar as iniciativas de paz", após a primeira conversa telefónica desde o início do conflito entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping.

"As autoridades ucranianas e os seus aliados ocidentais já demonstraram capacidade para boicotar as iniciativas de paz", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, num comunicado, depois de notícias sobre o diálogo entre Zelensky e Xi.

O Presidente ucraniano informou que teve uma conversa "longa e significativa" com Xi Jinping, um influente aliado de Moscovo, com quem, há vários meses, admitiu querer dialogar.

Oficialmente, a China afirma ser neutral neste conflito, mas Xi Jinping nunca condenou a ofensiva russa e mostrou apoio a Vladimir Putin em diversos momentos recentes.

No comunicado hoje divulgado, Moscovo também disse que assinalou a disposição da China em "se esforçar para estabelecer um processo de negociação" entre a Rússia e a Ucrânia, mas criticou Kiev por "rejeitar qualquer iniciativa sensata destinada a uma solução política e diplomática para a crise".

A diplomacia russa alega que a Ucrânia emitiu "ultimatos com exigências reconhecidamente irrealistas" e "rejeitou repentinamente" uma primeira versão de um acordo de paz, em 2022, pouco tempo depois do início da intervenção militar russa.

Volodymyr Zelensky tem acusado repetidamente a Rússia de fazer ultimatos e assegurou que não negociará diretamente com Vladimir Putin até que Moscovo retire as suas tropas da Ucrânia, insistindo na devolução de todos os territórios ocupados pelo exército russo, incluindo a Crimeia, anexada em 2014.

"Qualquer apelo à paz dificilmente pode ser adequadamente percebido por fantoches controlados por Washington", acusou a diplomacia russa, no comunicado hoje divulgado.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.534 civis mortos e 14.370 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Lusa

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