O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou hoje a libertação de mais 95 prisioneiros de guerra ucranianos pelas autoridades russas e indicou que 2.526 soldados ucranianos capturados pelo inimigo foram devolvidos desde o início do conflito.
"Ontem (domingo), recuperámos mais 95 dos nossos rapazes, dos nossos combatentes, que estavam em cativeiro", disse Zelensky numa mensagem divulgada na sua conta da plataforma digital Telegram.
"No total, desde 24 de fevereiro do ano passado, já obtivemos a devolução de 2.526 ucranianos", acrescentou o chefe de Estado da Ucrânia, agradecendo a "toda a equipa" de negociadores nacionais que tornou possível a troca de prisioneiros com a Rússia.
Zelensky também fez referência aos militares ucranianos que estão a combater na frente de batalha, a quem agradeceu por contribuírem para o "fundo de troca", ao capturarem soldados russos que, depois, são trocados por prisioneiros de guerra ucranianos.
"Cada vez que trazemos o nosso povo de volta do cativeiro da Rússia, recordamos o nosso objetivo fundamental: não abandonaremos nenhum dos nossos", sublinhou o Presidente ucraniano.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 474.º dia, 8.983 civis mortos e 15.442 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.