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Ucrânia: Bulgária e Roménia reforçam defesa com caças F-16 de fabrico norte-americano

JM-Madeira

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Data de publicação
04 Novembro 2022
18:02

O Parlamento búlgaro aprovou hoje a duplicação da frota aérea militar deste país da NATO, uma consequência direta da invasão russa da Ucrânia, no mesmo dia em que a Noruega decidiu vender à Roménia 32 caças F-16.

Os deputados bulgaros aprovaram a compra de oito caças F-16 Block 70, a entregar em 2027, à empresa norte-americana Lockheed Martin, numa encomenda que custará ao pais 1,35 mil milhões de euros até 2031, juntando-se estes aviões aos primeiros oito F-16 comprados em 2019.

Este é o maior contrato de modernização militar desde o fim do comunismo para o país mais pobre da União Europeia (UE), tradicionalmente próximo de Moscovo.

Membro da NATO desde 2004, a Bulgária está atualmente equipada com aviões MiG-29 de fabrico soviético, uma frota que se tornou obsoleta e com a manutenção tornada impossível após 2023, segundo o governo.

O país conta atualmente com o apoio da aliança atlântica para garantir a sua soberania. Depois de uma ajuda holandesa e norte-americana, são esperados seis caças Eurofighter com 130 militares espanhóis em meados de novembro.

Dividido entre pró-russos e euro atlânticos, o parlamento búlgaro resultante das eleições de 02 de outubro também tomou na quinta-feira a decisão, há muito debatida, de enviar ajuda militar à Ucrânia, que será especificada até ao próximo mês.

A decisão da Bulgária surge no mesmo dia em que a Noruega anunciou que vai vender à Roménia 32 caças F-16 em segunda mão por 388 milhões de euros.

Assinado no contexto da guerra na Ucrânia, vizinha da Roménia, o acordo abrange o fornecimento de aeronaves, peças sobressalentes, bem como a manutenção e formação de pessoal técnico.

As entregas terão lugar em 2023 e 2024, após a modernização dos aviões, informou o ministério norueguês.

A operação "será um importante contributo para o fortalecimento da força aérea de um aliado da NATO e, ao mesmo tempo, criará valor para a indústria de defesa norueguesa, gerando receitas para o Estado", afirmou o ministro da Defesa norueguês, Bjørn Arild Gram, em comunicado.

A Noruega tinha optado na década de 1960 pelo F-16 da American General Dynamics, mas os últimos destes aviões foram retirados do serviço no início do ano em favor de aviões do moedelo F-35, mais modernos, da também norte-americana Lockheed Martin. Oslo planeia adquirir até 52 unidades.

Por seu lado, a Roménia manifestou interesse em comprar F-16 noruegueses em 2021 para substituir os seus antigos Mig-21 de ‘design’ soviético.

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