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Ucrânia: Alerta aéreo em todo o país face perigo de ataque de mísseis russos

Data de publicação
15 Janeiro 2025
8:22

As autoridades ucranianas declararam hoje alerta aéreo em todo o país face ao perigo de um ataque de mísseis russos, informaram ‘media’ locais que citam fontes das forças armadas do país.

O alerta é declarado um dia depois de a Ucrânia ter lançado um ataque contra infraestruturas militares em território russo, que Kiev considerou a maior ofensiva desde o início da guerra.

O ataque teve como alvo a República do Tartaristão e a região de Saratov, no Volga, bem como a região fronteiriça de Bryansk e ainda Tula, perto de Moscovo.

“As forças de defesa ucranianas realizaram os ataques mais massivos contra alvos militares (...) a uma distância de 200 a 1.100 quilómetros no interior da Rússia”, indicou o Estado-Maior Ucraniano.

Os ataques atingiram com sucesso um depósito de petróleo em Engels, que já tinha sido alvejado em 08 de janeiro, provocando na altura um incêndio de cinco dias, que causou a morte de dois bombeiros russos.

Noutro alvo, as forças ucranianas reclamaram ter visado a fábrica química de Seltso, na região de Bryansk, que, segundo Kiev, produz componentes para artilharia, lançadores múltiplos de ‘rockets’, aviação e mísseis.

A mesma fonte apontou também ataques a uma fábrica de produtos químicos na região de Tula, a um depósito de munições num aeródromo em Engels, em Saratov, e a uma refinaria de petróleo na mesma região.

O Ministério da Defesa russo afirmou que o ataque ucraniano foi realizado com recurso a seis mísseis norte-americanos ATACMS e seis mísseis britânicos Storm Shadow, acrescentando que todos os projéteis foram abatidos sem causar vítimas.

As forças ucranianas intensificaram os ataques aéreos contra depósitos de combustível, refinarias e instalações militares na Rússia nos últimos meses para dificultar a logística das forças russas que combatem no seu território.

Moscovo prometeu responder sistematicamente a qualquer ataque de mísseis ocidentais no seu território e ameaçou atingir o centro de Kiev ou utilizar o seu novo míssil hipersónico experimental Oreshnik.

Kiev e Moscovo intensificaram os ataques nos últimos meses e querem reforçar as suas posições antes de o republicano Donald Trump regressar à Casa Branca, na próxima segunda-feira, tendo o presidente eleito dos Estados Unidos indicado que quer trabalhar para parar a guerra assim que tomar posse.

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