O Líbano anunciou hoje a suspensão das aulas em Beirute e arredores a partir de segunda-feira e até ao final de dezembro, por “razões de segurança” após uma série de ataques israelitas à capital na última semana.

O ministro da Educação, Abbas Halabi, disse que o “ensino presencial” será suspenso em escolas privadas, institutos técnicos e instituições de ensino superior em Beirute e nos distritos vizinhos de Metn, Baabda e Chouf.

Esta medida, adiantou, é tomada devido às “atuais condições perigosas” e para “garantir a segurança dos alunos”, e entrará em vigor a partir de segunda-feira, aplicando-se até ao final de dezembro.

Pelo menos 84 pessoas morreram e outras 213 ficaram feridas só este sábado em ataques israelitas contra várias partes do Líbano, incluindo em Beirute.

Um desses ataques à capital libanesa, na madrugada de sábado, deixou 29 mortos e mais de 60 feridos, destruindo não só o alvo principal, um edifício residencial de vários andares, mas também as áreas circundantes.

Hoje, a aviação israelita voltou a executar uma série de bombardeamentos contra Dahye, no subúrbio sul da capital libanesa, a seguir a um aviso de evacuação para várias zonas desta zona da cidade controlada pelo movimento xiita Hezbollah.

O Hezbollah começou a atacar o norte de Israel em apoio ao Hamas quando Israel iniciou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza em agosto de 2023, em resposta a um ataque do grupo palestiniano em solo israelita.

Israel intensificou os bombardeamentos contra o sul do Líbano no final de setembro e lançou uma nova ofensiva terrestre contra o país vizinho.

Mais de um ano de troca de tiros entre Israel e o Hezbollah matou mais de 3.500 pessoas no Líbano, segundo as autoridades libanesas.