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Lula da Silva reconhece que não é fácil encontrar solução definitiva para a Amazónia

JM-Madeira

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Data de publicação
14 Agosto 2023
16:49

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reconheceu hoje que não é fácil encontrar uma solução definitiva para os problemas da Amazónia, tema que discutiu durante a recente cimeira dos países amazónicos.

"As pessoas comentam que deveríamos ter encontrado a solução definitiva. Mas não é fácil encontrar a solução definitiva, porque isso exige muito trabalho, muitos anos de trabalho", disse Lula da Silva durante seu programa semanal ao vivo nas redes sociais.

Na cimeira dos oito países-membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazónica (OTCA), realizada na semana passada na cidade brasileira Belém, os presidentes da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela prometeram promover "uma nova agenda" para a cooperação no bioma.

No entanto, os presidentes evitaram metas específicas de desflorestação e não chegaram a um consenso sobre a exploração de combustíveis fósseis, no marco de uma extensa declaração de 113 pontos que estabeleceu um roteiro para garantir a sobrevivência da floresta.

"Aquela reunião teve como condição e como pretexto preparar os países amazónicos para trazer uma proposta sobre florestas para a COP28", Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que será realizada em novembro nos Emirados Árabes Unidos, destacou Lula da Silva.

Nesse sentido, o Presidente brasileiro comemorou que durante o encontro os países amazónicos conseguiram elaborar essa proposta de forma unificada e com a participação conjunta "dos chefes de Estado e dos movimentos sociais".

"Fizemos um documento sobre a floresta, que vai ser uma coisa muito forte para levar" para a COP28 e, "pela primeira vez, discutir com mais seriedade a contribuição dos países ricos para a preservação das florestas", destacou o governante brasileiro.

Para Lula da Silva, muitos países desenvolvidos observam "só a copa das árvores por satélite" e "não veem" a população de mais de 50 milhões vivendo nas selvas, sendo 30 milhões só no Brasil que clamam por "dignidade, emprego, educação e saúde".

"Precisamos cuidar da Amazónia como um todo, cuidar das florestas, mas também cuidar das pessoas que vivem lá", porque "todos os países têm direito de se desenvolver e queremos o padrão de vida do povo alemão, povo francês ou povo sueco", sublinhou Lula da Silva.

O Presidente brasileiro acrescentou que os países amazónicos não alcançam esse desenvolvimento por falta de crescimento económico e por falta de distribuição correta de sua riqueza entre pessoas que vivem em situação de "miséria absoluta".

Lusa

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