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Líderes da Austrália e China reúnem-se para tentar estabilizar relações bilaterais

JM-Madeira

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Data de publicação
15 Novembro 2022
11:09

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, e o presidente chinês, Xi Jinping, reuniram-se hoje à margem da cimeira do G20, na ilha indonésia de Bali, numa tentativa de estabilizar as relações diplomáticas entre os dois países.

"Tivemos as nossas divergências (...), mas o nosso relacionamento bilateral é importante", disse Albanese em Nusa Dua, no sul da ilha, no início do encontro, que foi transmitido ao vivo pela televisão pública australiana ABC.

Albanese apontou que as relações diplomáticas entre a Austrália e a China foram estabelecidas em 1972 com base na "igualdade, respeito, benefício mútuo e o compromisso de coexistir pacificamente", princípios que "continuam a ser importantes hoje".

"Presidente Xi, espero que hoje tenhamos uma troca e um diálogo construtivos", disse Albanese, insistindo na necessidade de respeitar o direito internacional e trabalhar por uma região do Indo-Pacífico "estável, próspera e pacífica", num momento de "grande incerteza" no mundo.

Em comunicado, Albanese disse que a China é "uma grande potência, com interesses globais, e a troca de pontos de vista sobre os desafios à segurança e paz mundial, incluindo a invasão russa da Ucrânia, foi interessante".

No que diz respeito às relações entre o país asiático e a Austrália, o líder australiano admitiu que "há muitos passos a dar".

"Vamos cooperar no que pudermos, vamos discordar no que devemos e vamos zelar pelo nosso interesse nacional", disse.

O encontro entre Xi e Albanese é o primeiro encontro oficial entre dois líderes da China e da Austrália desde 2016.

A ascensão ao poder do Partido dos Trabalhadores australiano, que encerrou nove anos de governo conservador, depois de vencer as eleições em maio passado, abriu as portas para reuniões entre os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros de ambos os países - as primeiras reuniões de alto nível desde 2020.

As relações diplomáticas foram abaladas por vários desentendimentos, incluindo a exclusão, em 2018, por motivos de segurança nacional, das empresas chinesas Huawei e ZTE de participar da rede 5G da Austrália.

Desde então, as relações deterioraram-se devido a questões como a militarização do país asiático ou a aprovação na Austrália de leis contra interferência e espionagem estrangeira, após serem conhecidas doações chinesas a políticos australianos, e ciberataques a agências estatais e universidades, atribuídos à China.

A China retaliou contra o pedido da Austrália para que fosse realizada uma investigação independente sobre a origem da covid-19 com a imposição de taxas alfandegárias punitivas sobre vários produtos australianos.

Lusa

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