O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o levantamento dos sigilos bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro, filho do Presidente brasileiro, numa investigação à contratação de funcionários "fantasma" no gabinete do parlamentar.
A informação foi avançada na terça-feira pela imprensa local, que noticiou que outras 26 pessoas e sete empresas também tiveram os sigilos levantados, numa decisão que remonta a maio último.
Carlos Bolsonaro é investigado desde setembro do ano passado pela alegada contratação de "funcionários fantasma" e da prática de 'rachadinha' - um esquema em que funcionários devolvem parte dos seus salários - no seu gabinete.
Eleito vereador do Rio de Janeiro pela primeira vez em 2001, Carlos Bolsonaro, segundo filho do chefe de Estado do Brasil, está no sexto mandato consecutivo. Durante este período nomeou dezenas de pessoas para o gabinete, entre elas a segunda ex-mulher do chefe de Estado, Ana Cristina Siqueira Vale, mãe do quarto filho do Presidente, Renán Bolsonaro.
O Ministério Público do Rio de Janeiro confirmou ao jornal O Globo que o inquérito tramita em sigilo.
O Ministério Público também investiga um esquema semelhante na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, envolvendo desta vez o então deputado e atual senador Flavio Bolsonaro, também filho de Jair Bolsonaro.
As investigações em torno dos dois filhos mais velhos do mandatário e as repetidas controvérsias causadas pelo terceiro, o deputado Eduardo Bolsonaro, já causaram, além de escândalos, disputas internas na base de apoio que ajudou a eleger o Presidente, nas eleições de 2018.
Lusa